Ross Brawn anunciou na segunda-feira que decidiu encerrar sua carreira de 46 anos na Fórmula 1. Em sua coluna para o Formula1.com, ele relembra as mudanças que ajudou a fazer para tornar a categoria melhor, pelo menos em sua própria opinião.
Uma mudança importante foi feita na forma como a F1 é governada, de acordo com Brawn. A FIA agora não precisa mais do consentimento de todas as equipes para fazer mudanças. Uma maioria de oito equipes é suficiente para fazer as coisas no curto prazo.
Brawn: “Não temos a restrição do antigo sistema de governança e agora há muitas coisas que movemos na direção certa, o que fez com que essa categoria funcione muito melhor do que antes.”
Entre outras coisas, a FIA e a F1 conseguiram expandir o número de finais de semana de corrida sprint, algo que nem todas as equipes eram inicialmente favoráveis. Isso tem a ver em parte com o orçamento, que pode sofrer um grande impacto se houver uma batida forte na corrida sprint. O próprio Brawn acha que dobrar o número dessas corridas de qualificação é um desenvolvimento positivo. Serão seis corridas sprint em 2023, ao contrário das três que foram realizadas em 2022 e também três em 2021.
“As corridas sprint foram uma iniciativa que parece ter funcionado. Estamos expandindo para seis no próximo ano. Não sei qual será o número ideal que estabeleceremos a longo prazo. Alguns argumentam que deveríamos tê-lo em todos os GPs”, continuou o ex-diretor de automobilismo da F1.
Uma amostra de como esse cenário se desenrolaria na F1, poderá ser visto na MotoGP a partir do próximo ano. Lá, ainda não havia corridas sprint até 2022, mas a categoria decidiu no início deste ano, realizar uma corrida sprint em todos os finais de semana de corrida em 2023, que também irá contar como qualificação para o GP no domingo.