À medida que a Fórmula 1 continua a se expandir em todo o mundo, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, garantiu que a Europa não será abandonada pela categoria.
Em 2023, a Fórmula 1 vai correr em cinco continentes diferentes, pois a popularidade da categoria continua crescendo em todos os cantos. Haverá três corridas nos Estados Unidos que, combinadas com o Canadá e o México, totalizam cinco na região norte-americana.
A América do Sul é representada pelo Brasil, enquanto a Ásia terá seis corridas confirmadas, com possibilidade de aumentar para sete caso o GP da China volte ao calendário.
A Austrália e a Oceania são os últimos continentes não europeus, o que significa que haverá um total de dez corridas, ou aproximadamente 44%, de corridas na terra natal do esporte, a Europa.
O aumento de corridas fora da Europa tem sido um fato recorrente nos últimos anos. Em 2003, 63% das corridas foram na Europa, mas uma década depois foi apenas 42%.
Com uma ameaça crescente a corridas históricas como Mônaco e Spa (na Bélgica), existe a preocupação de que a F1 esteja mudando seu foco cada vez mais para longe de seu local de nascimento, mas o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, procurou aliviar esses temores.
“Mesmo que existam outras regiões do mundo que estão se tornando mais atraentes para a F1, não devemos esquecer a Europa. Tudo começou lá”, disse ele, conforme a edição alemã do Motorsport.com. “Acredito que a F1 pode ir a qualquer lugar, mas não pode ser tirada da Europa.”
É importante lembrar, que é o Grupo de Fórmula 1 e não a FIA que decide onde a categoria vai correr. A única participação efetiva que a FIA tem, é determinar se uma pista tem a licença de circuito grau 1 da FIA.
Ben Sulayem observou a importância do ‘velho continente’, mas também disse que a região precisa fazer o que for necessário para manter o automobilismo vivo, principalmente a Fórmula 1.
“Mas onde você desenha essa linha?”, questionou Bem Sulayem. “No final das contas, o promotor está construindo um negócio e precisamos ver o que é necessário para manter o automobilismo vivo. Mas a água flui, e precisamos de governos para nos apoiar”, finalizou o presidente da FIA.