F1 apresenta novo regulamento para 2026; veja o que vai mudar


Embora a temporada de 2024 da Fórmula 1 esteja a todo vapor, já se inicia a agitação para a o grande prêmio de 2026. Afinal, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) acaba de anunciar o novo regulamento que traz mudanças significativas para a competição. Entre elas, a inclusão de motores mais sustentáveis, alterações nas regras de aerodinâmica e unidade de potência, bem como um novo carro 30 kg mais leve.

Com base no regulamento da FIA, a unidade a combustão seguirá com o V6, mas a bateria será mais potente. Desta forma, vai passar de 120 kW para 350 kW (perto de 470 cv), o que demandará um menor consumo de combustível. O aumento de até 300% na eficiência se dá pela remoção do MGU-H, sistema que recupera energia, e a adoção do MGU-K , que oferta mais potência.

Com essa substituição, o sistema de redução de arrasto (DRS) sai de cena e entra um modo de ultrapassagem manual. Quando ativado manualmente pelo piloto, fornece até 337 km/h extras. Além disso, a quantidade de energia que pode ser recuperada durante a travagem duplicou para 8,5J.

O conceito batizado de “carro ágil” entra nas novas regras e será 30 kg mais leve, com peso total de 768 kg obrigatórios. Como consequência, as medidas também diminuíram. O entre-eixos, por exemplo, vai cair dos atuais 3,60 metros para 3,40 m. Enquanto a largura vai diminuir de 2,0 m para 1,90 m. O objetivo, desta forma, é auxiliar no consumo de combustível e na aerodinâmica.

Como antecipado, os novos motores serão abastecidos apenas com combustíveis 100% sustentáveis feitos a partir de bioderivados como plantas e resíduos urbanos. De acordo com a FIA, os regulamentos de 2026 estão alinhados com o objetivo do órgão de atingir carbono zero até 2030. Para isso, houve a adoção do uso de 50% do sistema elétrico e 50% com combustível sustentável.

Outra mudança está na aerodinâmica. Os monopostos agora terão asas dianteira e traseira móveis que, junto com o Z-mode (novo modo de condução), vão auxiliar nas curvas mais rápidas. Aliás, será possível alternar para o outro modo de condução denominado X-mode, que prioriza autonomia e maximiza a velocidade em linha reta.

A asa dianteira, vale dizer, será mais estreita. Já o tamanho das rodas permanece em 18 polegadas, embora a largura dos pneus tenha sido reduzida. Os dianteiros ficaram 25 mm mais estreitos, enquanto os traseiros diminuíram 30 mm.

Ademais, a FIA também anunciou que haverá uma redução significativa do efeito solo. Afinal, os carros terão o piso parcialmente plano e difusor de menor potência.

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Outro ponto destacado pelo regulamento foi segurança. De acordo com a FIA, a estrutura frontal dos monopostos será reforçada para evitar os impactos que afetam áreas próximas da célula de sobrevivência, onde fica posicionado o piloto, e que também será reforçada. O nível de proteção lateral também subiu, fornecendo o dobro de segurança para a célula de combustível. Tudo, aliás, sem aumentar o peso do carro.

Com isso, seis fabricantes têm cerca de dois anos para se preparar e adotar as novas regras. Cabe dizer que, no ano passado, a FIA anunciou quais marcas iriam participar das temporadas de 2026 a 2030. São elas: Ferrari, Alpine, Mercedes, Audi, Red Bull Ford e Honda.

E uma das novidades ficou por conta do ingresso da Audi na categoria, que acontece com a compra integral da equipe Sauber. Para isso, os alemães estão erguendo um novo edifício para abrigar equipamentos de teste para o desenvolvimento de motores elétricos.

Mas, não para por aí. A Ford também retorna à principal categoria do automobilismo, mas desta vez em parceria com ninguém menos que Red Bull, campeã da temporada de 2023. Desse modo, a fabricante irá desenvolver junto com a equipe austríaca a nova geração de motores híbridos que serão obrigatórios na competição a partir de 2026. O contrato tem duração inicial de quatro anos.

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Fonte: direitonews

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