F1: Alonso e Ocon foram avisados que qualquer outra pessoa teria sido demitida após confronto na Sprint


Neste último fim de semana do GP de São Paulo, Fernando Alonso e Esteban Ocon, receberam avisos do CEO da Alpine, Laurent Rossi, que quaisquer “brincadeiras” na pista seriam uma considerados uma oferta de saída da equipe.

Na Sprint Race de sábado, Alonso e Ocon entraram em uma batalha ainda nas primeiras voltas, fazendo com que a equipe ficasse muito tensa, e temesse uma batida. No final, houve contato entre os dois. Na reta principal, o bicampeão mundial perdeu sua asa dianteira quando colidiu com o companheiro de equipe francês ao tentar ultrapassá-lo e acabar em sua traseira. Depois disso, o espanhol recebeu cinco segundos de penalidade e dois pontos em sua Superlicença.

No momento, a Alpine briga com a McLaren pelo P4 no campeonato de construtores, e cada ponto é crucial para manter a posição. Com isso em mente, Ocon e Alonso largaram o GP em P16 e P17. No Podcast F1 Nation, o chefe da equipe, Otmar Szafnauer, criticou seus pilotos e disse que o CEO da fabricante francesa já havia lhes dado um aviso na reunião pós sprint.

Na reunião, Rossi deixou claro aos pilotos que se qualquer outra pessoa da equipe tivesse se comportado daquela forma, teriam sido demitidos por “má conduta grave”, com Szafnauer concordando.

No podcast, ele disse: “Eu teria dito o mesmo, mas foi Laurent Rossi quem falou com eles no briefing.

“E ele apenas destacou que essa é uma equipe e temos mais de 1000 pessoas entre Viry e Enstone trabalhando incansavelmente para dar a eles o equipamento, o carro, as atualizações que todos desejavam. E então eles também têm que desempenhar o seu papel como companheiros de equipe para trazer os carros para casa e marcar bons pontos, que é o que ele disse.

“Ele também disse a eles que eles são privilegiados por serem pilotos de carros de corrida e, que se tivessem qualquer outro emprego na empresa e fizessem algo assim, seriam demitidos por má conduta grave. E é verdade.”

Em relação à revelação de Szafnauer, Damon Hill, ex-piloto de F1 e campeão mundial de 1996, ele argumentou que faz parte de um piloto sempre se colocar na frente e ter essa voz “eu, eu, eu” em sua cabeça. Além disso, Hill questionou o chefe da Alpine, se acreditava no sistema de ter um primeiro piloto e um companheiro de equipe subordinado. Quanto a isso, Otmar respondeu: “Não, acho que se você está tentando maximizar o esforço da equipe, os pilotos têm que fazer parte da equipe, e mesmo que haja ‘eu, eu, eu’ na cabeça deles, como você diz, eles precisam colocar isso de lado, porque até você mesmo fica melhor quando não tem ‘eu, eu, eu’ na cabeça.”

O chefe da equipe ainda disse que a prova do sucesso foi Alonso e Ocon terminando em quinto e oitavo, respectivamente, marcando 14 pontos na corrida. Agora, a Alpine segue para o GP de Abu Dhabi, encerramento da temporada, 19 pontos à frente da McLaren no campeonato, os garantindo como favoritos para o quarto lugar na classificação de construtores.

“Assim como hoje [domingo], supondo que eles tivessem batido novamente, seriam 14 pontos que o time não teria conseguido.

“Uma quinta posição que Fernando não teria conseguido e uma oitava posição que Esteban não teria conseguido.

“Portanto, temos que olhar para isso do ponto de vista de eficiência e nos tornar muito eficientes, o que significa melhorar a situação da equipe sem que ninguém piore.”

O próximo fim de semana será o último da parceria entre Alonso e Ocon, já que o espanhol irá para a Aston Martin em 2023. No Brasil, ele ainda revelou que está contando os dias para terminar seus trabalhos na Alpine, dizendo que “finalmente acabou”.

O substituto do bicampeão mundial será Pierre Gasly. Szafnauer acredita que o francês irá ajudar a equipe a progredir e manter um ambiente harmonioso de trabalho. “O mais importante para o próximo ano é melhorarmos o carro ainda mais em relação a nossa concorrência.

“E se o carro puder ficar mais competitivo, ficará ainda mais fácil com a dupla de pilotos.

“A boa notícia é que temos dois pilotos rápidos que são jovens e experientes.”

Quando Hill mencionou que a Alpine deve provar a glória do título por volta de 2026, Szafnauer respondeu: “Sim, faremos isso, temos muito tempo.”

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