A Fórmula 1 frequentemente coloca os pilotos em situações desafiadoras.
O piloto da Williams, Alex Albon, acredita que a decisão de Lando Norris em seguir uma ordem de equipe da McLaren não foi fácil de tomar, pois “desafia a lógica dos pilotos de corrida”. Norris assumiu a liderança do Grande Prêmio da Hungria após a segunda rodada de pit stops, superando seu companheiro de equipe Oscar Piastri. Para evitar um possível undercut de Lewis Hamilton da Mercedes, Norris foi chamado primeiro para o pit stop. Quando Piastri parou duas voltas depois, ele retornou atrás de Norris, sendo informado que as posições seriam revertidas. No entanto, Norris se afastou, o que levou a um intenso debate com o engenheiro Will Joseph sobre a importância de ceder a vitória.
Joseph, no fim, lembrou Norris que, se ele queria competir pelo título de pilotos contra Max Verstappen, precisaria da colaboração de toda a equipe McLaren, incluindo Piastri. Norris finalmente cedeu a posição com três voltas restantes, afirmando após a corrida que essa sempre foi sua intenção, permitindo que Piastri conquistasse sua primeira vitória na F1. Albon destacou a peculiaridade da F1, onde pilotos buscam vitórias individuais, mas precisam considerar o bem do time.
“Todo o mérito para Lando,” disse Albon. “Muito respeitoso poder fazer isso. Não acho que seja fácil. Desafia a lógica dos pilotos de corrida. Mas ele é um piloto de equipe e a McLaren está fazendo as coisas certas. Eles obviamente também estão lutando pelo campeonato de construtores, então não estão sendo estúpidos. Eles estão pensando no quadro geral. Não tenho certeza se estão no campeonato de pilotos, mas estão no campeonato de construtores, então entendo isso. Lando vai ter mais vitórias de qualquer forma. Ele não precisa se preocupar.”
Albon teve que se contentar com um decepcionante 14º lugar na Hungria, onde, em um ponto da corrida, criticou a equipe pela indecisão na estratégia que lhe custou uma chance de terminar nos pontos. O Albon foi prejudicado por um undercut de Fernando Alonso da Aston Martin, colocando a equipe em desvantagem e causando hesitação na estratégia.
“Íamos fazer três paradas, mas depois desistimos e optamos por duas, mas nesse processo, destruí os pneus tentando fazer as três paradas acontecerem. Então, ficamos em uma terra de ninguém pelo resto da corrida. Se tivéssemos mantido um [plano] estaríamos bem. Mas porque desistimos de uma estratégia, acabamos no meio. Aqui na Hungria, você tem que ser confiante, agressivo em suas paradas, se comprometer a curto ou longo prazo. Quando paramos, estávamos meio que no meio, então foi um pouco frustrante,” finalizou.
Fonte: f1mania
