F1: “A pressão, o bullying”, Hamilton se abre sobre depressão


Lewis Hamilton, atualmente o único piloto de Fórmula 1 com mais de 100 vitórias na competição, compartilhou suas lutas com a saúde mental em uma entrevista ao The Times. O britânico, que possui sete títulos mundiais e recentemente anunciou que deixará a Mercedes para iniciar uma nova fase com a Ferrari, falou abertamente sobre os desafios que enfrentou ao longo da vida.

Hamilton revelou que seus problemas começaram desde cedo. “Depressão. Desde muito jovem, quando eu tinha, tipo, 13 anos. Acho que era a pressão das corridas e as dificuldades na escola. O bullying. Eu não tinha ninguém com quem conversar”, confessou o piloto, que também foi vítima de racismo durante a infância.

O heptacampeão mundial também falou sobre sua experiência escolar, onde enfrentou dificuldades devido à dislexia não diagnosticada. “Falei com uma mulher, anos atrás, mas isso não foi realmente útil. Eu gostaria de encontrar alguém hoje”, admitiu Hamilton, ao relatar sua busca por apoio emocional.

No entanto, ele enfatizou que está aprendendo mais sobre o tema atualmente e reconhece o impacto dessas experiências. “Você está aprendendo sobre coisas que foram passadas para você pelos seus pais, notando esses padrões, como você reage às coisas, como pode mudá-las. Então, o que poderia ter me irritado no passado não me irrita hoje. Estou muito mais refinado”, explicou.

A morte de Ayrton Senna em 1994
Ao relembrar o fatídico fim de semana do Grande Prêmio de San Marino em 1994, quando Ayrton Senna, seu ídolo, faleceu, Hamilton compartilhou sua dor. Naquele fim de semana, primeiro Rubens Barrichello sofreu um grave acidente na sexta-feira, mas conseguiu sair ileso. No sábado, Roland Ratzenberger perdeu a vida, e no domingo, o tricampeão mundial Ayrton Senna sofreu um acidente fatal.

Hamilton, que tinha apenas nove anos na época, lembrou como a tragédia o afetou profundamente. “Eu estava com meu pai, estávamos trabalhando no kart. Lembro-me de ir para frente e chorar, soluçar. Eu não podia chorar na frente do meu pai, ele não era esse tipo de pessoa”, relembrou o piloto.

Em 2017, ao igualar o número de poles de Senna no Grande Prêmio do Canadá, Hamilton foi presenteado pela família de Senna com um capacete usado pelo brasileiro em uma corrida, o que ele descreveu como um dos momentos mais emocionantes de sua carreira.

Fonte: f1mania

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