O preço médio da gasolina está acima de R$ 5,85 no Brasil, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O alto valor faz os motoristas procurarem estratégias para gastar menos combustível. E uma dessas possíveis soluções está até relacionada com o horário de abastecer.
Um levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de gestão de frota, mostra que o horário de pico de abastecimento dos caminhões nas estradas brasileiras é entre 6h e 10h. Segundo a companhia, isso acontece porque o início da manhã proporciona uma vantagem econômica em função da temperatura do armazenamento do combustível. Mas será que isso realmente funciona ou é apenas um mito?
Marco Lassen, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell no Brasil, explica que a densidade dos líquidos realmente varia com a temperatura.
“À medida que a temperatura aumenta, a densidade diminui. E como o volume é calculado dividindo a massa de produto pela densidade, quanto menor for o valor da densidade, maior será o volume. Assim, podemos dizer que quanto maior a temperatura, maior o volume do combustível”, diz o profissional.
No entanto, se tratando especificamente de abastecimentos em postos de combustível, Marco Lassen esclarece que o cenário é um pouco diferente. “Postos de combustível possuem tanques subterrâneos e estes não sofrem com alterações bruscas de temperatura como os tanques aéreos, por exemplo”.
Por ficar situado debaixo da terra ou do nível do chão, a variação de temperatura dentro desses tanques é pequena entre o dia e a noite. Portanto, não influencia de forma tão acentuada na dilatação do produto e, consequentemente, no seu volume.
Ou seja, mesmo que exista uma diferença econômica em função do volume do combustível (seja diesel, gasolina ou etanol), os números serão bem pequenos. Portanto, não há melhor horário para abastecer se você quiser economizar combustível.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews
