Exclusivo: VW estuda produzir SUV elétrico sucessor do T-Cross no Brasil


A Volkswagen ainda não divulgou, mas os sindicatos dos metalúrgicos de suas quatro fábricas brasileiras adiantaram praticamente todo o próximo plano de investimentos da marca no Brasil. Ele será colocado em prática entre 2025 e 2028 e está estimado em R$ 5,5 bilhões. A produção do projeto A0 SUV em Taubaté (SP), da picape Tarok em São José dos Pinhais (PR), do novo motor 1.5 TSI Evo2 em São Carlos (SP) e de dois produtos híbridos em São Bernardo do Campo (SP) sairão do papel.

Falta um elemento no quebra-cabeças: o primeiro elétrico nacional da marca, que ainda não está certo, mas também pode sair do papel nesse período. O mais provável é que este projeto fique para um plano de investimentos posterior, entre 2029 e 2032. No entanto, a empresa já estuda os meios para viabilizá-lo, saber onde deve produzi-lo e, inclusive, tem um candidato principal a ocupar o posto: o futuro ID.2 SUV.

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Aventado fora do Brasil como um sucessor elétrico do T-Cross, o ID.2 é um SUV que deriva da plataforma MEB Entry, uma versão encurtada e simplificada da matriz MEB que dá vida aos recém-lançados ID.4 e ID.Buzz.

O primeiro produto a nascer dessa arquitetura é o hatch ID.2 All, uma espécie de “Polo elétrico”, com 4,05 de comprimento, 1,81 m de largura, 1,53 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Este deve chegar efetivamente ao mercado europeu em 2024 e também está em estudos para produção no Brasil.

O ID.2 SUV deve manter a largura e o entre-eixos do irmão hatchback, porém com uma maior altura e comprimento. Embora esteja prestes a ter seu visual divulgado, ele só se tornará realidade nas ruas do Velho Continente, de fato, depois de 2026.

As imagens acima, aliás, são apenas uma projeção, criada pelo Kleber Silva, de como deve ser o carro.

Justamente por ainda estar longe de um lançamento efetivo, o ID.2 SUV é um projeto que interessa muito à filial brasileira. Ela vê nele um produto interessante e viável para ser seu primeiro elétrico nacionalizado: tem apelo e potencial de alcançar bons volumes, sem a necessidade de custar tão barato quanto um hatch (no caso, o ID.2 All).

Além disso, o ID.2 poderia surgir como um futuro sucessor do T-Cross também no Brasil, visto que não há previsão de que este ganhe uma segunda geração globalmente. Ainda mais porque a fábrica inicialmente escolhida pela VW para produzir seu primeiro elétrico nacional é justamente a de São José dos Pinhais, onde ela produz o T-Cross.

Vale observar que o ID.2 All, previsto para ser lançado na Europa em 2026, também tem sua produção local avaliada pela Volkswagen, podendo formar uma família de elétricos compactos ao lado do SUV.

Documentos aos quais a Autoesporte teve acesso apontam que, além da fabricação da picape Tarok a partir de 2026, o acordo da Volkswagen com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba prevê a possível “produção de pelo menos um produto híbrido ou elétrico” naquela planta “até 2027”.

Entre todos os acordos firmados no fim do ano passado entre a companhia e seus trabalhadores, este é o único que menciona explicitamente a possibilidade de produzir um modelo elétrico. Mas há, claro, a chance de a fabricante alemã optar por versões híbridas de T-Cross e Tarok e deixar os elétricos para depois de 2028.

Ainda de acordo com nossas apurações, a Volkswagen vem fazendo estudos logísticos relacionados ao transporte de baterias de São Bernardo do Campo, ponto escolhido para armazenagem desses componentes em seu projeto de eletrificação, até o Paraná. Pode ser outro indicativo relacionado à produção local de um elétrico como os ID.2. Ou, pelo menos, de que T-Cross e a futura Tarok terão versões híbridas em seu portfólio em um futuro não muito distante.

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Fonte: direitonews

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