A Volkswagen confirmou recentemente um investimento de R$ 3 bilhões em São José dos Pinhais (PR) para transferir a produção do Virtus e lançar uma inédita caminhonete intermediária conhecida atualmente como Projeto Tarok. Após os primeiros flagras de uma mula dessa picape usando um Virtus esticado, os primeiros protótipos desse produto com carroceria definitiva devem em breve começar a circular nas ruas brasileiras.
Autoesporte apurou que a Volkswagen está em processo de finalização dos primeiros protótipos com carroceria definitiva do projeto Tarok, Udara ou VW247, que dará origem à sua caminhonete intermediária, pelo menos desde setembro do ano passado. O foco atual está no desenvolvimento de todo o assoalho traseiro do modelo, visto que, do balanço dianteiro até a coluna B, o underbody e a cabine, num geral, terão a mesma estrutura do SUV T-Cross.
Vale lembrar que os primeiros protótipos definitivos de um veículo em desenvolvimento demoram meses para ficar prontos e têm caráter quase artesanal, pois demandam a criação de peças que serão usadas como referência para a produção desses mesmos componentes em escala industrial. Ou seja, é preciso aperfeiçoar os componentes com precisão milimétrica.
Com a finalização dos primeiros protótipos definitivos da picape VW247, a Volkswagen enfim poderá criar os moldes para replicar tais componentes em escala e iniciar a montagem de novos protótipos em série na fábrica paranaense, onde o modelo será produzido. Nossa reportagem estima que esse processo durará até o fim deste ano, com a circulação nas ruas prevista para começar no princípio de 2025.
O lançamento do projeto Tarok ou VW247 está previsto para o primeiro semestre de 2026, ou seja, 10 anos após a criação do segmento. A caminhonete será posicionada entre a Saveiro e a Amarok na gama da fabricante, com preços entre R$ 130 mil e R$ 180 mil. Suas dimensões serão muito próximas às de Chevrolet Montana e Renault Oroch. Seu objetivo também será brigar com as versões de entrada da Fiat Toro.
Construída sobre a plataforma MQB A0 e aproveitando a parte frontal da estrutura do T-Cross, incluindo o conjunto mecânico com suspensão dianteira McPherson e freios a disco ventilados, a inédita caminhonete da Volkswagen terá sempre cabine dupla e motor 1.4 TSI turboflex de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas e tração dianteira.
Por outro lado, segundo o site Mobiauto, a suspensão traseira será inédita e por eixo rígido com molas semielípticas, tal qual a Fiat Strada, para dar maior robustez, capacidade de carga e confiabilidade à picape, criando um diferencial em relação às suas principais concorrentes.
A adoção do motor 1.5 TSI Evo2 em uma variante híbrida flex ficará para uma segunda fase do projeto. E, de acordo com nossas mais recentes apurações, embora o projeto seja internamente chamado pelos engenheiros de Tarok, o nome usado pelo conceito do Salão do Automóvel de São Paulo de 2018 já teria sido descartado pela Volkswagen para batizar o modelo de produção.
Tal estratégia não é inédita. Em meados da década passada, os engenheiros da Volkswagen chamavam o Polo nacional de sexta geração de “Novo Gol“. Mais recentemente, batizaram interinamente o SUV médio que ficou conhecido como Taos como Tarek. O mesmo acontecerá com o projeto Tarok ou VW247, que terá outro nome em sua versão de produção.
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Fonte: direitonews