Depois de anunciar um plano de investimentos de R$ 32 bilhões para a América do Sul entre o período de 2025 e 2030, a Stellantis começou a detalhar o pacote. Serão R$ 13 bilhões destinados a Goiana (PE), outros R$ 14 bilhões para Betim (MG) e mais R$ 2 bilhões para os complexos de Córdoba e El Palomar (Argentina). Resta Porto Real (RJ), que receberá os R$ 3 bilhões restantes.
À Autoesporte, a Stellantis confirmou que o anúncio detalhando o plano de investimentos para a fábrica fluminense será divulgado na próxima segunda-feira (27). A fabricante não confirmou o valor, mas ratificou que será um “aporte bilionário”. Confira o comunicado na íntegra publicado originalmente na reportagem sobre o fim de linha do motor 1.6 EC5.
Atualmente, a fábrica de Porto Real produz os modelos Citroën C3, Aircross e C4 Cactus, além do Peugeot 2008. Entretanto, tanto o C4 Cactus como o 2008 nacional estão perto de serem tirados de linha por lá. Para o lugar do primeiro, a Stellantis vai lançar o Basalt, SUV cupê derivado da família C-Cubed, da qual também fazem parte o C3 e o Aircross.
Já o segundo trocará de geração e terá sua produção migrada para El Palomar (Argentina), junto do irmão 208. Com isso, o complexo de Porto Real passará a produzir exclusivamente veículos da marca Citroën, utilizando uma versão simplificada da plataforma modular global CMP.
A Stellantis não detalhou como fará a distribuição do investimento, mas Autoesporte entende que o valor não contempla o ciclo relacionado à produção de C3, Aircross e Basalt, valor que já foi investido em um cronograma anterior. Assim, o montante deve ser aplicado em novas soluções tecnológicas e motorizações para a família de compactos da Citroën, incluindo versões turbo e micro-híbridas (híbridas leves ou MHEV).
Por exemplo, o próprio C3 terá uma nova configuração com motor 1.0 turbo flex de 130 cv automática na linha 2025. Ela deve substituir as atuais versões 1.6 EC5. A tendência, aliás, é que toda a gama de produtos Peugeot e Citroën na América Latina abandone esse propulsor, que não atende os parâmetros de emissões do Proconve L8, legislação que entra em vigor a partir de 2025, para usar as famílias Firefly (aspirada) e GSE (turbo) da Fiat.
Entretanto, a Stellantis não confirma o fim de linha do EC5 e afirma que “a planta de motores [de Porto Real] seguirá em produção”. Assim, é possível que o veterano propulsor 1.6 siga em linha por mais algum tempo para atender o mercado de exportação.
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Fonte: direitonews
