Em fevereiro, a Dacia, subsidiária romena da Renault, apresentou uma renovação profunda de seu elétrico mais barato e também o mais vendido na Europa: o Spring, que no Brasil é vendido como Kwid E-Tech. Pois este projeto está muito mais perto de chegar ao Brasil do que imaginávamos: tem tudo para ser já em 2025.
Autoesporte apurou que a filial brasileira da Renault já está em estágio final de estudos para “relançar” o Kwid E-Tech no Brasil no primeiro semestre do ano que vem, com boa parte do visual herdado do novo Dacia Spring e um posicionamento de mercado mais agressivo. As projeções deste artigo, meramente ilustrativas, foram gentilmente cedidas por João Kleber Amaral, do @CanalCarros.
O objetivo será promover um duelo mais franco entre elétricos de entrada contra o BYD Dolphin Mini, que mal chegou e já se tornou o elétrico mais comercializado no país (ao lado do irmão Dolphin). Por isso, podemos esperar por um posicionamento de preço na mesma faixa do Dolphin Mini, por volta de R$ 115 mil.
Mais do que reestilizar o Kwid E-Tech, o objetivo da Renault será descolá-lo do homônimo a combustão, que não tem previsão de ser atualizado tão cedo e é visto como um carro muito simples. Com o visual e as soluções tecnológicas do novo Dacia Spring, a fabricante pretende deixar o novo Kwid elétrico com mais corpo e apelo diante do Dolphin Mini.
Base do projeto do nosso novo Kwid E-Tech, o Dacia Spring europeu espanta pelo visual muito similar ao do Duster de terceira geração (que não existe no mercado brasileiro). Para isso, adota um capô elevado, grade alta e alinhada com os faróis, além de faróis com guias de LED dotadas de assinatura em forma de flecha e novo para-choque frontal.
Na traseira, as lanternas de LED, o para-choque e a tampa do porta-malas também serão profundamente atualizados. Destaque para o aplique preto interligando as lanternas, em um estilo que nos remete ao Volkswagen Gol Last Edition, série especial de despedida do hatch no Brasil.
Por dentro, apesar de mantida a simplicidade do acabamento de painéis, portas e bancos, o novo Renault Kwid E-Tech incrementará o pacote de equipamentos com quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e central multimídia de 10 polegadas, maior que a do Kardian. Todos esses itens vêm do novo Duster europeu, assim como o volante multifuncional com aro em formato hexagonal, tal qual o do BMW iX.
Já no conjunto motriz, não devemos ter tantas novidades assim. O motor elétrico usado pelo Kwid E-Tech atual, com 66 cv de potência e 11,5 kgfm de torque, é o mesmo que está presente no novo Dacia Spring (que, antes, usava um propulsor de apenas 45 cv). Assim, devemos ter a sua manutenção no novo Kwid E-Tech que será trazido ao Brasil.
Parece pouco, mas o elétrico da Renault pesa apenas 948 kg de peso em ordem de marcha, contra 1.239 kg do Dolphin Mini com seus 75 cv e 13,8 kgfm. Por isso, enquanto o 0 a 100 km/h do Kwid E-Tech ocorre oficialmente em 14,6 s, o do rival da BYD fica em 14,9 s.
As baterias de íon de lítio do tipo NMC (níquel-cobalto-mangêns), com 26,8 kWh de capacidade, também são as mesmas do modelo atual, que tem 185 km de autonomia na homologação do Inmetro.
A recarga lenta no padrão AC (corrente alternada) chega a 7 kW, levando 11 horas entre 0 a 100%. Já a do tipo rápido, em corrente contínua (DC), tem limite de 30 kW e permite ir de 20% para 80% da carga em 45 minutos.
Como o lançamento do novo Dacia Spring na Europa será no segundo semestre deste ano, para o Brasil a expectativa é que o novo Renault Kwid E-Tech chegue já no segundo trimestre de 2025. O elétrico continuará vindo importado da China.
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Fonte: direitonews