Exclusivo: motor Hurricane de Jeep Compass e Ram Rampage deve virar flex


O Jeep Compass 2025 acaba de ser lançado e a principal novidade é a chegada do motor Hurricane 2.0 turbo de 272 cv de potência já usado na Ram Rampage. O upgrade no conjunto mecânico veio acompanhado do simbólico título de SUV médio mais rápido do país, com aceleração de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos. O único porém é que esse motor só pode ser abastecido com gasolina. Ao menos por enquanto.

Autoesporte apurou com exclusividade que a Stellantis (dona das marcas Jeep e Ram) já faz estudos para tornar bicombustível o Hurricane 2.0 turbo.

A decisão final será tomada de acordo com o desempenho das vendas dos modelos que recebem esse motor. Até então, apenas o volume de vendas Rampage não justificaria o investimento. Com a adição do Compass (e eventualmente outros produtos), a conta pode fechar. Atualmente, o SUV médio tem emplacamentos na casa das 4 mil unidades mensais.

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Considerando a estimativa da própria Jeep de que o Hurricane vá representar 20% das vendas, seriam cerca de 800 carros com esse motor.

No caso da Rampage, a porcentagem é maior. Segundo a Jato do Brasil, entre janeiro e março, 42,6% das picapes vendidas saíram de fábrica com o motor 2.0. Projetando a média mensal de emplacamentos de 2 mil exemplares, estamos falando de mais 800 veículos podendo receber motor flex, alcançando expressivas 1.600 unidades mensais de demanda.

Tonani, porém, não revelou qual é o “número mágico” para viabilizar a transformação do motor a gasolina em flex.

Essa decisão também tem a ver com um fator logístico. Apesar de a engenharia brasileira ter larga experiência em adaptar motores a gasolina para serem abastecidos com qualquer porcentagem de etanol, o 2.0 turbo da família Hurricane é produzido na Itália, o que dificulta a operação.

Por outro lado, a legislação brasileira estabelece que a gasolina tenha 27,5% de etanol anidro (a proposta para aumentar para até 35% ainda não foi aprovada). Ou seja, modificações já são necessárias apenas para homologar um motor como esse, aceitando a gasolina “temperada” com etanol brasileira. O processo para transformar o motor em flex seria uma segunda etapa.

Caso as vendas justifiquem a operação, podemos esperar que o Hurricane se torne flex apenas em uma mudança de ano/modelo. Para a Stellantis, a vantagem dessa manobra seria pagar um IPI menor para os veículos equipados com o motor Hurricane. A adição de um sistema híbrido leve para melhorar os números de consumo também pode estar no radar.

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Fonte: direitonews

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