Exclusivo: MG será mais uma chinesa a vender elétricos e híbridos no Brasil


A marca chinesa Morris Garages, ou apenas MG Motor, prepara seu retorno ao mercado brasileiro. Motivada pelo sucesso de conterrâneas já consolidadas, como BYD, GWM e Caoa Chery, a fabricante vai apostar bastante no segmento de SUVs e terá modelos híbridos e elétricos.

Conforme apurado por Autoesporte, a operação da MG está em fase de planejamento. A marca, que pertence ao Grupo SAIC, um dos maiores do setor automotivo na China, está sondando o mercado brasileiro desde 2023 e elaborando sua estratégia de vendas.

Diferentemente de sua primeira passagem por aqui, entre 2011 e 2013, quando era representada pelo Grupo Forest Trade e tinha apenas uma concessionária, a MG retorna com operação própria ao país.

A MG ainda não registrou carros no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), mas Autoesporte ouviu de fontes ligadas à marca que eletrificação é um dos principais tópicos em pauta. Nos mercados em que atua, a marca chinesa aposta em carros híbridos plug-in e até elétricos, investindo também na infraestrutura local de carregadores.

Atualmente, a fabricante chinesa tem seis carros eletrificados no catálogo global. O modelo mais em conta é o MG3, um hatch com motor híbrido semelhante ao do Toyota Corolla nacional. Ele parte de 18 mil libras no Reino Unido (R$ 144 mil em conversão) e não tem fonte externa de recarga.

O elétrico mais barato é o MG4, um hatch que parte de 26 mil libras (R$ 165 mil na conversão) e tem mais de 500 km de autonomia. Este carro também tem uma versão esportiva, chamada MG4 EV XPower, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos. Sua autonomia, porém, é menor, na faixa de 385 km.

O SUV compacto ZS EV também é elétrico e custa 30 mil libras (R$ 191 mil). O possível futuro rival do BYD Yuan Plus tem 440 km de autonomia declarados pela marca. Acima dele, a MG5 EV é uma perua elétrica com exatamente o mesmo preço e 402 km de autonomia.

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Por fim, o SUV eletrificado mais caro da MG é o HS híbrido plug-in. O utilitário parte de 31 mil libras no Reino Unido (aproximadamente R$ 200 mil) e combina motor 1.5 turbo com unidades elétricas instaladas nos dois eixos. Segundo a MG, o HS pode rodar até 50 km sem gastar uma só gota de combustível.

Se a marca seguir a mesma estratégia das rivais chinesas, os carros mais cotados para o Brasil são o SUV elétrico ZS EV e o utilitário híbrido plug-in HS.

A MG é uma das marcas de carro mais tradicionais da Inglaterra. Foi fundada em 1924 com foco na produção de cupês e esportivos. Em 2007, após décadas difíceis, abriu falência e foi adquirida pelo Grupo SAIC (uma das quatro maiores fabricantes de veículos da China, ao lado de Geely, BYD e Dongfeng).

Portanto, a MG já estava sob controle do grupo chinês quando fez sua primeira aparição no Brasil. A passagem foi apagada, tendo apenas uma concessionária em São Paulo (SP), e muitos brasileiros nem lembram que a marca já foi vendida por aqui. Com poucos emplacamentos anuais, a importação terminou em 2013.

A MG está presente em outros mercados na América do Sul, e isso permitiu que sua marca fosse exibida no Brasil. A empresa tinha os direitos de patrocínio da Conmebol Sulamericana, o segundo maior torneio continental de futebol da região, e sua propaganda foi exibida em alguns estádios brasileiros.

O retorno da MG é mais uma etapa da invasão chinesa no mercado brasileiro. Além dela, outras quatro marcas também iniciam operações em 2024: Zeekr, Neta, Omoda e Jaecoo.

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Fonte: direitonews

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