O Dolphin é um dos carros mais importantes para a BYD no Brasil. Tanto que a marca chinesa está desenvolvendo dois novos modelos derivados do hatch elétrico e que serão lançados nos próximos anos. Estamos falando de uma picape pequena e de um SUV compacto.
Em entrevista exclusiva, o vice-presidente sênior da marca, Alexandre Baldy, confirmou que apostará forte na expansão da linha Dolphin e aproveitará ao máximo a boa imagem conquistada pelo modelo no mercado de elétricos. “A marca Dolphin é muito forte, reconhecida. Enxergamos potencial para expansão de carrocerias”, disse.
Adicionar mais produtos à família, portanto, é um pilar estratégico dentro dos planos de criar um portfólio forte e com modelos de amplo sucesso comercial. Dolphin e Dolphin Mini fazem uma dobradinha entre os carros elétricos mais vendidos do Brasil, somando quase 25 mil unidades comercializadas de janeiro a julho.
Baldy confirmou que a marca já trabalha no desenvolvimento de um SUV compacto e uma picape pequena. No primeiro caso, as especulações apontam para um modelo alternativo ao Yuan Pro, que hoje já é considerado uma espécie de “SUV do Dolphin”. Dessa forma, será um modelo ligeiramente menor e posicionado na gama com preços mais competitivos.
Para efeito de comparação, o Dolphin mede atualmente 4,12 metros de comprimento e 2,70 m de entre-eixos, partindo de R$ 159.800. Já o Yuan Pro possui 4,31 m e 2,62 m, respectivamente, com preços a partir de R$ 182.800.
O novo SUV deverá se encaixar nessa seara, colocando a BYD para disputar espaço no concorrido segmento de crossovers de entrada. O nicho hoje é dominado por modelos tradicionais a combustão, como Volkswagen Tera e Renault Kardian, e pelo Fiat Pulse, o único com uma variante híbrida leve.
Em dezembro, Autoesporte antecipou que a marca teria uma versão híbrida plug-in do Yuan Pro. Este pode ser outro caminho para criar um SUV derivado do Dolphin.
Já o segundo modelo da nova família Dolphin será uma picape compacta. Ainda sem nome definido, a caminhonete deverá chegar ao mercado como resposta da BYD ao sucesso da Fiat Strada. Não por acaso, o modelo da Stellantis vem sendo fortemente estudado pela rival e já teve até unidades enviadas à China para testes internos.
A exemplo da Shark, já à venda, e da picape monobloco que brigará com a Toro, atualmente em testes, a nova caminhonete será híbrida plug-in. A base do conjunto será o motor 1.5 DM-i aspirado quatro-cilindros 16V de ciclo Atkinson usado no Song Pro, Song Plus e King.
Vale lembrar que, até hoje, todos os veículos já lançados pela BYD são híbridos plug-in ou elétricos. Ou seja, se a fabricante optar por uma arquitetura híbrida mais simples estaríamos diante de um marco na história da montadora. Demais detalhes, como design, seguem guardados a sete chaves. A projeções acima têm caráter ilustrativo.
Já sobre a produção, é certo que será nacional e concentrada na fábrica de Camaçari (BA). Para ter o volume de vendas desejado pela marca, a montagem local é considerada indispensável, com reflexos diretos na logística e no abastecimento das concessionárias.
Tanto o SUV compacto quanto a nova picape chegarão ao mercado para dar suporte aos ambiciosos planos de crescimento da BYD. A marca já declarou que planeja se tornar uma das três maiores montadoras do Brasil até 2028, emplacando anualmente cerca de 350 mil veículos.
Para tanto, precisa de veículos competitivos e de alto volume de vendas, além da estrutura produtiva da fábrica de Camaçari, que começará a operar em breve. Na unidade, a marca diz que planeja montar oito diferentes carros.
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Fonte: direitonews
