Ex-primeiro-ministro italiano é apresentado como potencial presidente do Conselho Europeu, diz mídia


De acordo com o Financial Times (FT), o plano de Charles Michel de renunciar antecipadamente ao cargo de presidente do Conselho Europeu impulsionou as negociações sobre os principais cargos da União Europeia (UE), com o nome do antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi sendo apontado por alguns como um dos favoritos.
Draghi, de 76 anos, é o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) responsável por salvar a moeda única do bloco e uma opção potencial para suceder Michel, disseram autoridades e diplomatas da UE ao FT.
Prever a sequência de acordos para preencher os cargos mais importantes da UE é uma tarefa difícil, ainda mais quando eles dependem do resultado das eleições em todo o bloco. E apesar da especulação sobre as perspectivas de Draghi, com base no seu histórico, experiência e estatura como uma das figuras mais proeminentes da UE, uma fonte próxima a Draghi teria afirmado que ele não busca nenhum cargo de liderança.
A urgência em encontrar um sucessor para Michel — que deve concorrer como eurodeputado — foi parcialmente motivada pelas regras da UE que permitiriam ao proeminente líder eurocéptico da Hungria, Viktor Orbán, assumir o cargo se nenhum candidato puder ser consensuado até o momento da saída do presidente do Conselho Europeu.
A partir de 1º de julho, a Hungria vai assumir a presidência rotativa de seis meses da UE. Os membros recém-eleitos do Parlamento Europeu devem tomar posse até meados de julho, última data em que Michel poderá permanecer como presidente.
Bandeira da União Europeia tremula do lado de fora do Parlamento, em Londres, Reino Unido, quarta-feira, 19 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.01.2024

Mas os líderes da UE também têm a opção de instalar um candidato interino — posição que possivelmente seria recusada por Draghi segundo uma fonte — para excluir Orbán da posição.
Draghi se afastou da vida pública em 2022, depois de o seu mandato como primeiro-ministro italiano ter sido interrompido por eleições antecipadas. Mas ele assumiu um papel consultivo da UE no ano passado, quando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lhe pediu que escrevesse um relatório sobre a competitividade do bloco.

O ex-líder italiano deve informar os membros da comissão sobre o trabalho inicial desse relatório em Bruxelas já na próxima sexta-feira (12), mas deve ser publicado somente após as eleições na UE.

Outros nomes sugeridos para o cargo no Conselho Europeu incluem os atuais primeiros-ministros da Espanha e Dinamarca, Pedro Sánchez e Mette Frederiksen, respectivamente.
Ainda segundo a apuração, embora o extenso currículo de Draghi lhe desse uma presença forte na mesa da cúpula, as suas opiniões francas sobre políticas, incluindo a integração fiscal, poderiam irritar países como a Alemanha, que tradicionalmente têm a opinião oposta, o que fez com que uma fonte da UE disparasse: “Ele é político demais” para o cargo.

Fonte: sputniknewsbrasil

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