Ex-premiê britânico Boris Johnson renuncia ao cargo de deputado devido ao escândalo do Partygate


“Agora estou sendo forçado a deixar o parlamento por um pequeno punhado de pessoas, sem nenhuma evidência para apoiar suas afirmações e sem a aprovação nem mesmo dos membros do Partido Conservador, muito menos do eleitorado em geral”, disse Johnson em seu comunicado. “Acredito que um precedente perigoso e inquietante está sendo estabelecido.”

“Lamento muito deixar meu maravilhoso eleitorado. Foi uma grande honra servi-los, tanto como prefeito quanto como deputado”, acrescentou. “É muito triste deixar o parlamento — pelo menos por enquanto — mas, acima de tudo, estou perplexo e chocado por poder ser forçado a sair, de forma antidemocrática, por um comitê presidido e administrado por Harriet Harman, com um viés tão flagrante.”

A investigação, aberta pelo Comitê de Privilégios do Parlamento, está focada em saber se Johnson enganou propositalmente a legislatura sobre uma série de festas dadas em 2020 e 2021 às quais o então primeiro-ministro compareceu, desafiando as leis de lockdown da COVID-19 implementadas por seu governo. Johnson admitiu em março ter enganado o Parlamento, mas disse que o fez “de boa fé”.
O então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renuncia ao cargo, em 7 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.03.2023

Na quinta-feira (8), o comitê enviou a Johnson uma “carta de advertência” que inclui suas conclusões sobre o assunto, dando-lhe duas semanas para responder. Entre as penalidades que ele poderia sofrer estaria uma suspensão de dez dias da Câmara dos Comuns, desencadeando uma eleição especial em Uxbridge e no distrito eleitoral de South Ruislip.

“O propósito deles desde o início foi me considerar culpado, independentemente dos fatos. Esta é a própria definição de um tribunal ilegal”, disse Johnson nesta sexta-feira.

Johnson representa o eleitorado do oeste de Londres desde 2015, vencendo a eleição enquanto ainda era prefeito de Londres. Ele serviu como prefeito da capital de 2008 a 2016, e antes disso representou Henley em Oxfordshire na Câmara dos Comuns, de 2001 a 2008.
Em julho de 2019, ele garantiu sua posição como líder do Partido Conservador e como primeiro-ministro, cargo que ocupou até setembro de 2022, quando seu governo entrou em colapso sob o peso de um escândalo sobre a nomeação de Chris Pincher como vice-chefe da bancada.

Fonte: sputniknewsbrasil

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