Ex-embaixador da UE: EUA pagam preço por manter bases ilegais e indefensáveis ​​na Síria e no Iraque


A decisão do governo de Joe Biden de manter essas bases, desafiando abertamente o direito internacional, é vista como um presente contínuo ao Irã. Isso proporciona alvos vulneráveis a Teerã, permitindo que o país ataque a qualquer momento, humilhando os Estados Unidos e desafiando Washington a arriscar uma escalada, de acordo com Peter Ford, ex-embaixador do Reino Unido na Síria e especialista na região.
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Na semana passada, três soldados dos EUA foram mortos em um ataque a um posto avançado na Jordânia. A Casa Branca afirmou que os EUA responderão ao ataque no momento e local de sua escolha, mas não pretendem iniciar uma guerra com o Irã ou um conflito mais amplo no Oriente Médio.
Ford aconselha que a resposta racional para evitar futuros ataques seria encerrar as bases dos EUA na Síria e no Iraque. Ele destaca que observadores sensatos há muito tempo alertam que as tropas nessas bases são alvos fáceis e que a presença delas não tem outro propósito além de impedir que a Síria e o Iraque exerçam plena soberania sobre seus territórios.
Embora Washington tenha continuado a operar essas bases, desafiando a soberania síria e o direito internacional, isso continua sendo um embaraço para os Estados Unidos, sublinha Ford. As forças armadas dos EUA mantiveram as bases impunemente sob três presidentes – Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden.
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Ford não espera que a administração Biden abandone imediatamente as bases, apesar do último incidente e da alta probabilidade de mais acontecerem. Ele acredita que, inicialmente, os Estados Unidos podem se debater para tomar uma decisão sensata, como a retirada, mas eventualmente, o Pentágono pode insistir na retirada, como ocorreu no Afeganistão.
No entanto, Ford observa que essa retirada não será imediata, pois isso favoreceria as alegações dos republicanos de que Biden é fraco. Biden afirmou na terça-feira (30) que já decidiu como responder ao ataque de drones a uma base militar na fronteira entre Jordânia e Síria, que resultou na morte de três soldados americanos, mas indicou que não deseja uma guerra mais ampla no Oriente Médio. Ele também responsabilizou parcialmente o Irã pelo ataque às tropas americanas.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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