A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (30) na revista científica Scientific Reports, foi realizada por paleontólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Museu Nacional, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Pampa (Unimpa) e do Museo Argentino de Ciencias Naturales.
Ao analisar dois ossos fossilizados, o estudo identificou se tratar de uma nova espécie do grupo dos silessauros (ancestrais dos répteis) e não um cinodonte (ancestrais mamíferos).
Esses animais de pequeno porte, com bico na região anterior da mandíbula, pernas e braços longos típicos de animais quadrúpedes, em geral insetívoros, viveram no final do Triássico na antiga Pangeia, incluindo a atual América do Sul.
A partir das conclusões do estudo, os pesquisadores sustentam que os silessauros são dinossauros, integrantes da linhagem dos ornitísquios, e não apenas parentes próximos. Com isso, a nova espécie, apelidada de Itaguyra oculta, pode figurar entre os dinossauros mais antigos do mundo.
Um reconstrução artística está em exibição no Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto, no Campus do Vale da UFRGS, em Porto Alegre (RS).
A palavra “Itaguyra” combina as palavras do tupi, “pedra” (ita) e “ave” (guyra), e “occulta” deve-se a fato do fóssil ter ficado tantos anos oculto no acerco da universidade.
Fonte: sputniknewsbrasil