Com a intenção de estimular a participação feminina em Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática – as chamadas áreas STEAM –, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) promove o evento “O Encanto da PI: Propriedade Intelectual para Meninas STEAM”.
O encontro, que será nos dias 25 e 27 de abril, com transmissão pelo canal do INPI no Youtube, vai contar com palestras de mulheres e meninas bem-sucedidas nas áreas de STEAM e Propriedade Intelectual.
Entre as participantes confirmadas estão a especialista em educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) Mônica Mariano, a coordenadora do Programa das Escolas Associadas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (PEA-UNESCO) Sueli Mattos, a coordenadora do programa Inova UFRJ, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Kelyane Silva e muitas outras.
Um dos objetivos do evento é formar grupos de trabalho a partir da interação entre meninas e mentoras, durante o encontro, para desenvolver projetos e conteúdos relacionados à PI. As coordenadoras do projeto pretendem oferecer recursos, mentorias e acompanhar esses grupos com reuniões periódicas.
E o evento também vai premiar, com bolsas de capacitação, os melhores trabalhos apresentados por meninas no Encontro Nacional de Inserção da Propriedade Intelectual na Educação Básica, iniciativa do INPI que ocorreu em junho do ano passado.
O evento é voltado para estudantes da Educação Básica ou do Ensino Superior, gestoras de instituições de ensino, professoras ou mentoras na área de STEAM ou PI e para todas aquelas que se identifiquem com o tema. As interessadas em participar devem fazer uma breve inscrição online.
Mulheres na ciência
A participação de meninas nas áreas STEAM têm sido historicamente desafiadoras. Apesar de avanços recentes, ainda há uma lacuna significativa de gênero, tanto em termos de capacitação quanto de ocupação de postos de trabalho. Essa disparidade pode ser atribuída a vários fatores, como estereótipos de gênero, falta de representatividade e barreiras socioculturais.
As meninas, muitas vezes, enfrentam estereótipos e preconceitos que associam as áreas STEAM como mais apropriadas para meninos, o que afeta a sua confiança e interesse por essas disciplinas, e conduz a um efeito em cascata, com o menor número de meninas buscando educação e carreiras nessas áreas e poucos exemplos femininos nesse campo para as futuras gerações.
As meninas também podem enfrentar barreiras socioculturais que desencorajam sua participação em áreas STEAM, como expectativas de gênero mais rígidas e predomínio dos homens. Em outros casos, a falta de apoio familiar e institucional pode limitar o acesso a recursos e oportunidades educacionais nessas áreas.
Apesar desse cenário desanimador, tem existido esforços globais para aumentar a presença e participação feminina. E o Programa PI nas Escolas oferece a sua contribuição por meio de iniciativas como “O Encanto da PI: Propriedade Intelectual para Meninas STEAM”.
A importância disso?
O conhecimento e aplicação da propriedade intelectual entre as meninas é uma ferramenta fundamental para a busca da igualdade de gênero e garantia de que as futuras gerações de cientistas, engenheiras e líderes de tecnologia sejam diversas e representativas. Além disso, a inclusão de perspectivas femininas pode levar a avanços e inovações mais significativos, beneficiando a sociedade como um todo.
É importante considerar nesse contexto que a legislação educacional brasileira absorveu preceitos da justiça social, pautados no respeito à vida e à dignidade humana, que ainda precisam ser efetivados para reconhecer no ambiente escolar um espaço para a pluralidade e a diversidade em todos os segmentos – pais ou responsáveis, professores, colaboradores e estudantes.
Fonte: portaldaindustria