‘Europeus devem entender papel suicida que os espera’, diz Lavrov sobre mísseis dos EUA na Alemanha


Lavrov disse que por mais que o governo de Olaf Scholz tenha liberado os Estados Unidos de implantarem os mísseis de longo alcance em território alemão em 2026, “os responsáveis ​​do país norte-americano sabem que não é a sua nação que sofrerá em uma nova guerra global, mas sim os seus aliados no velho continente“.
“Sholz disse inocentemente: ‘Os EUA decidiram implantar sistemas de ataque de alta precisão na Alemanha, e esta é uma boa decisão’ […]. Os europeus devem compreender o papel suicida que os espera”, afirmou o chanceler russo.

Para professora da Universidade Autônoma Metropolitana no México, Ana Teresa Gutiérrez del Cid, “o mais grave neste momento para a situação geopolítica é [a decisão de] abrigar armas norte-americanas muito letais. Isso mostra que, na realidade, [os europeus] eram países ocupados por armas da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], por bases militares, que estão basicamente na Alemanha. E não sei se os seus líderes conseguem ver isso, mas [essa ação] não obedece aos interesses nacionais dos países europeus, mas sim aos interesses das empresas transnacionais”.

Aparentemente, esse globalismo levou os líderes europeus a esquecerem a sua pátria e a sacrificar o interesse nacional. Porque é muito evidente na Alemanha, que até recentemente era a principal potência europeia, e também é visto na França, que [o presidente, Emmanuel] Macron obedece aos interesses do banco Rothschild, afirmou a especialista entrevistada pela Sputnik.
Lançamento de míssil balístico Minuteman III - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2024

“O que não se entende é como os europeus estão dispostos a ir para uma nova guerra e não tentam anular esta possibilidade e pelo contrário, líderes como o húngaro [Viktor] Orbán são criticados e tentaram assassinar o líder eslovaco [Robert Fico]. Toda esta situação é muito lamentável”, acrescentou Gutiérrez del Cid.
De acordo com Mikael Valtersson, veterano das Forças Armadas suecas e observador político e militar, Moscou tem uma ampla variedade de opções para responder à decisão.
O militar citou, em entrevista à Sputnik, locais como Kaliningrado, Belarus, Extremo Oriente, Alasca, Costa Oeste dos Estados Unidos, Norte da África e Caribe como lugares que Moscou poderia implantar seus mísseis como resposta.
Independentemente do que a Rússia acabe fazendo, o “o grande risco” da ação dos EUA, e da subsequente resposta russa, surgirá da redução do tempo de aproximação de mísseis de alcance intermediário colocados perto das fronteiras uns dos outros, o que aumenta a tensão e os riscos de qualquer lado tomando uma “decisão precipitada”, alertou o militar.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin (à direita), recebe o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, no Pentágono, em Washington, D.C., em 9 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2024

Em 10 de julho, a Casa Branca anunciou formalmente planos para implantar novos mísseis SM-6, Tomahawks e armas hipersônicas, que têm alcance significativamente maior do que aqueles atualmente estacionados na Europa.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Riabkov, alertou esta semana que Moscou tomaria todas as medidas que considerasse necessárias para responder à ameaça no devido tempo.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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