Europa está ficando sem tempo de agir sobre o gás antes do inverno, diz Bloomberg


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De acordo com a Bloomberg, os ministros europeus conseguiram, em apenas seis dias, concordar em reduzir a demanda por gás. Desde então, os cronogramas do bloco estão diminuindo, e agora parece improvável que novas medidas importantes estejam em vigor para o inverno no Hemisfério Norte.
Os ministros estabeleceram outro novo prazo quando se reuniram na terça-feira (25), e agora pretendem fechar um acordo sobre o último lote de propostas para domar os preços da energia no próximo dia 24 de novembro — bem dentro da temporada de aquecimento em virtude das baixas temperaturas. Entretanto, medidas-chave como uma nova referência de preços para o mercado não devem entrar em vigor até a primavera. Estabelecer um teto de preços requer estudos técnicos minuciosos e disputas políticas intensas.
O mercado tem dando fôlego aos formuladores de políticas, uma vez que ainda há um excesso de gás na Europa no momento, já que os esforços para trazer carregamentos de gás natural liquefeito (GNL) coincidiram com clima excepcionalmente quente, o que em parte afasta o medo de uma crise generalizada de energia, mas produz um efeito perigoso de inércia diante da iminência de um problema grave.
“A comissão deve fornecer as partes restantes do quebra-cabeça”, disse Jozef Sikela, o ministro da Indústria da República Tcheca, que detém a presidência rotativa da UE. “O jogo não acabou e, como o jogo não acabou, precisamos ter uma medida de emergência, independentemente de onde estamos atualmente.”
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.10.2022

Em julho, quando Moscou respondeu às hostilidades ocidentais passando a exigir que os pagamentos pelo fornecimento de gás fossem feitos em rublos, a política energética europeia precisou ser repensada. O bloco concordou com uma meta voluntária de redução de 15% na demanda, com a opção de torná-la obrigatória, caso necessário. Desde então, a UE passou a permitir que os governos limitassem os lucros e receitas das empresas de energia e canalizassem os lucros para os consumidores.
A questão-chave agora é se o bloco pode estabelecer um teto para os preços do gás. Uma ideia que está ganhando força é um corredor de preços dinâmico no principal Centro de Transferência de Títulos dos Países Baixos e outros hubs. A comissária de Energia Kadri Simson sinalizou que pode ser possível apresentar uma proposta sobre esta medida antes da reunião de 24 de novembro. Isso seria apenas o início de semanas de processo.
Outro fator que complica a implementação de medidas é o de limitar o preço do gás usado na geração de eletricidade, algo que representaria um desafio para a Comissão Europeia, a começar por entender como parar de estimular a demanda de gás e eletricidade fluindo para países fora da UE.
Ainda de acordo com a mídia, outro desafio é que alguns diplomatas acham que não é possível ter os dois tipos de limites de preço implementados ao mesmo tempo. Em várias reuniões da UE, até mesmo a definição de um teto de preço foi deixada deliberadamente vaga, e alguns países ainda não conseguem concordar sobre o que isso deveria significar.
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