Europa e China se voltam para o celeiro do mundo e seu trigo dos trópicos


foto trigo Revista de notícias semanal alemã “Der Spiegel”

 

Além dos navios ucranianos, gigantes consumidores buscam alternativas de ‘segurança alimentar’ no Mercosul e na Embrapa.

New York Times pergunta em título “para onde estão indo” os navios da Ucrânia e responde no texto: “Dois para Turquia. Um para Inglaterra. Um para Irlanda. Outros para Itália e China. Nenhum para Iêmen, Etiópia ou outros que enfrentam níveis catastróficos de fome.”

Isso depois que “Zelenski falou ao presidente de Botsuana que estava ‘pronto para ser o garantidor da segurança alimentar do mundo’”. Mas a má vontade americana com o acordo que liberou os navios não é nova —e remete ao fato de os EUA terem ficado de fora da negociação.

 

A busca por alternativas de segurança alimentar prossegue, de olho agora no Brasil e seus vizinhos. Na alemã Der Spiegel, também com título-pergunta: “O que o trigo dos trópicos pode fazer?” (acima). A extensa reportagem destaca que “no Brasil o cultivo de novas variedades que crescem mesmo no calor está em franca expansão”.

O país “quer se mostrar uma solução para a crise alimentar mundial”. Ouvindo o presidente da estatal, a revista diz que “o trigo desenvolvido pela Embrapa poderia muito bem ser cultivado na África subsaariana”.

O portal chinês Guancha publica análise ainda mais extensa do Instituto Liaowang, “think tank” ligado à Xinhua, com mais um título-pergunta: “O ‘celeiro do mundo’ pode compensar a lacuna no suprimento global de alimentos?”. É referência ao Mercosul (Folha de S.Paulo, 10/8/22)

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