A União Europeia determinou que a partir de 2035 todos os carros produzidos sejam livres de emissão de CO2, mas isso não significa que serão elétricos. Isso porque a Alemanha, com apoio de Itália, Bulgária e Romênia, entrou com um pedido para revisar o texto original e manter a fabricação de veículos a combustão, porém apenas aqueles que rodam com combustíveis sintéticos.
E o Parlamento Europeu aceitou a sugestão alemã. A lei também estabelece a meta intermediária de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
Os combustíveis sintéticos, chamados de “e-fuel”, são semelhantes aos biocombustíveis como o etanol, mas dependem apenas de água e de dióxido de carbono extraído da atmosfera.
“Chegamos a um acordo com a Alemanha sobre a futura utilização de e-fuels nos automóveis. Vamos trabalhar agora para conseguir com que as normas de CO2 para regulamentação de carros sejam adotadas o mais rápido possível”, escreveu o chefe da European Green Deal, Frans Timmermans, no Twitter.
Segundo especialistas ouvidos pela imprensa europeia, dificilmente os veículos movidos a combustíveis sintéticos poderão competir com os carros elétricos. O CEO da Audi, Markus Duesmann, disse ao site de notícias alemão Der Spiegel que o combustível sintético “não desempenhará um papel importante no futuro de médio prazo dos carros de passeio”.
A Porsche é a fabricante que está com o maior investimentos em combustível sintético. Em dezembro do ano passado foi inaugurada no Chile uma planta para produção de e-fuel com previsão de 130 mil litros por ano.
Inicialmente, o combustível será usado em projetos como o Porsche Mobil 1 Supercup e nos Porsche Experience Centers. A expectativa é de que 55 milhões de litros sejam produzidos por ano até meados desta década, sem especificar exatamente em qual ano isso acontecerá.
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Fonte: direitonews