Europa amplia poderes policiais para lidar com ‘ameaças estrangeiras’, diz mídia


De acordo com o Financial Times (FT), a nova estratégia de segurança interna da União Europeia (UE) propõe ampliar os poderes da aplicação da lei para combater ataques híbridos, aumentando as habilidades do bloco para combater o terrorismo e o crime organizado, impor sanções e obter acesso a informações bancárias.
A mudança, que visa integrar melhor as várias organizações de segurança interna da UE, ocorre enquanto o continente simultaneamente se move para aumentar suas capacidades de defesa para combater ameaças externas e reduzir sua dependência do apoio dos EUA.
Segundo o FT, Estados estrangeiros usam o crime como um serviço e criminosos como representantes para se infiltrar e interromper infraestrutura crítica e cadeias de suprimentos, roubar dados confidenciais e se posicionar para a interrupção máxima no futuro. Dadas essas circunstâncias, a capacidade da União de antecipar, prevenir e responder a ameaças à segurança precisa ser atualizada.
A estratégia propõe estender o regime de sanções da UE, que atualmente tem como alvo terroristas e outros atores estrangeiros, para redes criminosas. Além disso, sugere estabelecer um novo sistema em toda a UE para rastrear os lucros do crime organizado e o financiamento do terrorismo, dando às autoridades policiais maior acesso às transações bancárias de suspeitos.
Bandeiras de 16 países da UE são vistas antes de uma emergência líderes da União Europeia na sede da UE em Bruxelas (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 28.03.2025

Algumas das medidas, incluindo aquelas que tornam os poderes antiterrorismo aplicáveis a outras questões de segurança doméstica, podem ser resistidas por governos de mentalidade mais liberal, mas visam facilitar o acesso a comunicações e dados on-line para o compartilhamento de informações mais críticas entre “terceiros países confiáveis”.
Embora as propostas possam levantar preocupações de defensores da privacidade, a comissão argumenta que as novas medidas são necessárias porque a polícia tem ficado para trás de criminosos que podem escapar do escrutínio usando comunicação criptografada e outras ferramentas de alta tecnologia.
Além de dar às autoridades policiais maior acesso aos dados, a comissão quer equipar a polícia com melhores ferramentas técnicas e inteligência artificial (IA). A Europol será transformada em uma agência policial verdadeiramente operacional, reformulando seu mandato para cobrir novas ameaças à segurança, como sabotagem, ameaças híbridas e desinformação e pretende triplicar a equipe de sua agência de fronteira Frontex para 30.000 agentes.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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