A decisão, ventilada na sexta-feira (9), remove os limites impostos por Biden no início de sua administração para pressionar Riad a encerrar o conflito com os houthis no Iêmen.
Os sauditas cumpriram sua parte do acordo e agora Washington está retribuindo, escreve a Bloomberg, após ter conversado com um alto funcionário dos EUA que pediu para não ser identificado, uma vez que a decisão que ainda não foi divulgada publicamente.
A Reuters também noticiou a medida citando o Departamento de Estado norte-americano.
“Os sauditas cumpriram sua parte do acordo, e nós estamos preparados para cumprir a nossa. Consideraremos novas transferências em uma base típica caso a caso consistente com a Política de Transferência de Armas Convencionais”, disse um alto funcionário do governo Biden, citado pela mídia.
O presidente decidiu “recalibrar” os laços com a Arábia Saudita e seu príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman (MBS), depois que assumiu o cargo, rebaixando as relações em parte para protestar contra o assassinato em 2018 do colunista do The Washington Post Jamal Khashoggi dentro do consulado saudita em Istambul.
No entanto, nos últimos anos, Washington tem feito uma ofensiva de aproximação do reino saudita, uma vez que as tensões no Oriente Médio aumentam entre Israel e Irã, e pelo país ser uma das maiores reservas de petróleo do mundo, combustível que ficou com fluxo prejudicado após as sanções norte-americanas contra a Rússia.
Uma fonte disse à Reuters que as vendas das armas “podem ser retomadas já na semana que vem”.
Os EUA também vêm tentando elaborar um pacto estratégico maior que ofereceria garantias de segurança ao reino e estabeleceria um possível caminho para laços diplomáticos com Israel.
A decisão ocorre no momento em que o nível de ameaça na região aumentou desde o final do mês passado, com o Irã e o Hezbollah prometendo retaliar contra Israel depois que o chefe político do Hamas, Ismail Haniya, foi morto em Teerã, assim como um alto comandante do grupo libanês em Beirute.
Os houthis surgiram como um forte apoiador do Hamas em sua guerra contra Israel. No início deste ano, o grupo atacou navios comerciais que disseram estarem ligados a Tel Aviv ou com destino a portos israelenses.
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Fonte: sputniknewsbrasil