Na segunda-feira (12), o Ministério da Defesa da Armênia informou que as Forças Armadas do Azerbaijão bombardearam o território da Armênia, perto da fronteira entre os dois países, usando artilharia e drones.
A Defesa azeri confirmou o ataque e disse se tratar de uma resposta a uma “provocação” por parte dos militares armênios. Ambos os lados relataram baixas sofridas por seus militares. O Azerbaijão acionou a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) em razão dos confrontos.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, pediu que a Rússia atue como mediadora do conflito.
“A Rússia tem grande influência tanto no Azerbaijão quanto na Armênia. Pedimos à Rússia que use essa influência para ajudar a cessar as hostilidades e, de maneira mais geral, diminuir essas tensões”, disse Price durante uma entrevista coletiva.
Os EUA não acreditam que haja uma solução militar para a disputa territorial entre os dois países, acrescentou Price.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se envolveu pessoalmente na questão, falando com os líderes de ambos os países e pedindo-lhes uma resolução pacífica das tensões, disse o porta-voz.
Desde o início do século XX, quando ainda pertenciam ao Império Russo, Armênia e Azerbaijão travam uma disputa pelo controle de Nagorno-Karabakh, também conhecido como Alto Carabaque, uma região montanhosa situada na fronteira entre os dois países.
Em 1922, os dois países passaram a fazer parte da União Soviética, e as disputas permaneceram sob controle até o colapso do país, em 1991. Após se tornarem novamente independentes, as disputas pela região reacenderam. Um cessar-fogo foi assinado entre as partes em 1994, mas o documento é constantemente desrespeitado. Em 2020, os confrontos tornaram a se agravar.