EUA, Japão e Seul lançam sistema para rastrear mísseis da Coreia do Norte em tempo real


Sob o novo mecanismo, os três Estados compartilharão informações sobre o local de lançamento, a trajetória de voo e o ponto de impacto dos mísseis norte-coreanos 24 horas por dia, disse o ministro da Defesa sul-coreano, Shin Won-sik.

“Teremos dados de alerta sobre mísseis norte-coreanos muito mais rapidamente e seremos capazes de garantir tempo suficiente para responder de forma eficaz”, disse Shin, citado pela agência Reuters.

O lançamento do míssil na segunda-feira (18) marcou o quinto teste de ICBM de Pyongyang este ano, no que o governo de Kim Jong-un descreveu como uma demonstração da “vontade do Estado com armas nucleares para uma resposta mais dura da sua força esmagadora”.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA (à esquerda), e Shin Won-sik, ministro da Defesa Nacional da Coreia do Sul, posam para foto antes da 55ª Reunião Consultiva de Segurança (SCM, na sigla em inglês) no Ministério da Defesa em Seul, Coreia do Sul, 13 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.12.2023

Segundo a agência, Washington e seus aliados consideram o novo mecanismo um marco que vai promover a cooperação trilateral em matéria de segurança.

“A institucionalização desse mecanismo também o tornará mais robusto contra possíveis mudanças políticas internas na Coreia do Sul ou no Japão que possam representar obstáculos para a cooperação trilateral no futuro”, disse Ankit Panda, pesquisador sênior do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, com sede nos Estados Unidos.

Os EUA, até agora, trabalharam essas informações separadamente com a Coreia do Sul e o Japão.

“Sempre houve pessoas que se opuseram à partilha de informações entre a Coreia do Sul e o Japão em ambos os países. Mas com as ameaças da Coreia do Norte que estamos vendo agora, quando os japoneses estão procurando abrigo [devido aos mísseis], quem diria não?”, disse Shin Jong-woo, pesquisador sênior da Korea Defense & Fórum de Segurança, ouvido pela mídia.

A Coreia do Norte atacou o novo sistema de compartilhamento de informações como parte dos esforços dos Estados Unidos para incitar o confronto e aumentar sua vantagem militar na região: “Evidentemente, [o sistema é] uma ação militar perigosa para levar a situação regional a uma fase de confronto mais grave“, disse ele, segundo a mídia.

Fonte: sputniknewsbrasil

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