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O governo dos Estados Unidos manifestou neste sábado (28) forte repúdio às ameaças feitas pelo regime do Irã contra Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). As declarações ofensivas surgem em meio à tensão crescente entre Teerã e o Ocidente após ataques de Israel e dos próprios EUA a instalações nucleares iranianas neste mês.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, classificou como “inaceitáveis” os apelos públicos feitos no Irã que pedem a prisão e até a execução do diplomata argentino. “Esses clamores devem ser condenados”, escreveu Rubio em suas redes sociais.
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Ele ressaltou a importância do trabalho de verificação e supervisão conduzido pela AIEA no Irã, afirmando que essas atividades são cruciais para a segurança global. “Apoiamos os esforços críticos da AIEA e elogiamos Grossi por sua dedicação e profissionalismo. Instamos o Irã a garantir a segurança do pessoal da agência”, declarou o secretário.
As ameaças se intensificaram no último domingo, um dia após bombardeios norte-americanos a instalações nucleares iranianas, realizados em resposta a ataques anteriores de Teerã a Israel. Ali Larijani, principal assessor do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, publicou nas redes sociais: “Assim que a guerra acabar, vamos cuidar de Grossi”.
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Desde o início da escalada militar, o regime iraniano tem acusado a AIEA de ser conivente com os ataques ocidentais e de publicar relatórios “parciais” sobre o avanço do programa nuclear iraniano. Na última semana, mesmo com a vigência de um cessar-fogo, o Parlamento do Irã aprovou por ampla maioria a suspensão da cooperação com a agência da ONU.
O porta-voz do Conselho de Guardiões, Hadi Tahan Nazif, declarou que a decisão parlamentar é compatível com a Constituição iraniana e com os princípios da sharia. Agora, o texto aguarda apenas a ratificação da Presidência.
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, também endossou a decisão e acusou Grossi de agir de forma “perversa” e de ter “facilitado os ataques dos EUA e de Israel”. Segundo ele, a insistência do diretor da AIEA em visitar os locais bombardeados “não faz sentido e pode esconder más intenções”.
Araqchi afirmou ainda que Grossi teria estimulado diretamente a aprovação de uma resolução da Junta de Governadores da AIEA, em 12 de junho, que condena o Irã por descumprir seus compromissos no Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). A diplomacia iraniana alega que o texto serviu de justificativa para os bombardeios recentes.
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A República Islâmica também decidiu não permitir que Grossi acesse as instalações nucleares atingidas nem que a AIEA reinstale câmeras de vigilância nesses locais. Segundo o vice-presidente do Parlamento iraniano, Hamid Reza Haji Babaei, a decisão foi motivada por “vazamento de dados confidenciais” que teriam ido parar nas mãos do governo de Israel.
Em uma cerimônia oficial neste sábado, Babaei afirmou que a “guerra de 12 dias” foi mais um capítulo das hostilidades lideradas pelos Estados Unidos contra o Irã desde 1979. “O centro dessa hostilidade não são os mísseis, nem o programa nuclear, mas sim o povo iraniano”, declarou.
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Apesar da suspensão anunciada por Teerã, a AIEA disse, em nota enviada à CNN, que “ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial do Irã sobre esse assunto”. O presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, afirmou que a cooperação poderá ser retomada apenas se houver garantias de segurança para as instalações nucleares do país.
Desde 1970, o Irã é signatário do TNP, que determina o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear sob inspeção da AIEA. A escalada atual, iniciada em 13 de junho com ataques israelenses, e intensificada em 16 de junho com bombardeios dos EUA às instalações de Fordow, Isfahan e Natanz, compromete ainda mais a já frágil relação entre Teerã e a comunidade internacional.
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Fonte: gazetabrasil