Segundo ele, Pequim e Moscou levaram os EUA a buscar o aprimoramento da tecnologia. Wolfe afirma que o Pentágono tenta aumentar o ritmo de testes e pesquisas para evitar ficar para trás no segmento.
“Até recentemente, não havia um motivo real para pegarmos essa tecnologia e colocá-la em um sistema de armas. Não havia necessidade”, disse Wolfe, conforme noticiou a CNN. “A necessidade agora existe, e é por isso que temos um senso de urgência para ir atrás disso.”
A declaração de Wolfe ocorre depois que a Rússia implantou com sucesso o míssil hipersônico Kinzhal durante o conflito na Ucrânia neste ano. Já a China teria testado sua própria arma hipersônica em 2021.
Extremamente rápidas e manobráveis, as armas hipersônicas são muito difíceis de detectar e interceptar, tornando-as um pesadelo para os especialistas em defesa antimísseis.
Em novembro de 2021, David Thompson, general e vice-chefe de operações espaciais, reconheceu que o Pentágono “não é tão avançado quanto os chineses ou os russos em termos de programas hipersônicos“.
Para corrigir o atraso, o Pentágono solicitou US$ 4,7 bilhões (R$ 25 bilhões) para o orçamento do ano fiscal de 2023, acima dos US$ 3,8 bilhões (R$ 20,22 bilhões) do ano anterior, segundo o relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso de outubro de 2022.
Conforme declarou à Sputnik em outubro o ex-oficial do Departamento de Defesa estadunidense David Pyne, os EUA chegaram a esta situação devido à abordagem triunfalista que adotaram após o fim da Guerra Fria, não identificando a necessidade de modernizar seu arsenal nuclear até 2010.
Segundo ele, apesar dos recentes sucessos, os EUA levarão anos para igualar Rússia e China na quantidade de sistemas de mísseis hipersônicos destacados.
“O problema é que os programas de mísseis hipersônicos dos EUA são atualmente projetados para serem armados com ogivas convencionais, enquanto os programas de mísseis hipersônicos russos e chineses são projetados para serem de dupla capacidade, mas, por padrão, são destinados a ser armados com ogivas nucleares”, disse o ex-militar.