O governo dos Estados Unidos ampliou nesta sexta-feira (11) as sanções contra o setor petrolífero e petroquímico do Irã em resposta ao ataque que o país lançou contra Israel no dia 1º de outubro, o segundo neste ano.
O Departamento de Estado americano disse em um comunicado que suas sanções incluem seis empresas envolvidas no comércio de petróleo iraniano e seis navios, enquanto o Departamento do Tesouro sancionou dez empresas em várias jurisdições e bloqueou 17 navios.
O governo dos EUA disse que isso “intensifica a pressão financeira sobre o Irã, limitando a capacidade do regime de obter receitas críticas de energia para minar a estabilidade na região e atacar parceiros e aliados dos EUA”.
As sanções têm como alvo setores-chave da economia iraniana, para negar às autoridades desse país recursos financeiros que poderiam ser usados para financiar seu programa nuclear, desenvolvimento de mísseis, terrorismo e redes terroristas aliadas e influência regional.
Em 1º de outubro, o Irã lançou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel, a maioria dos quais foi interceptada, mas alguns causaram danos a duas bases aéreas e outros caíram perto da sede da inteligência do Mossad em Tel Aviv.
A ofensiva iraniana ocorreu depois que Israel intensificou seu confronto militar com o grupo xiita Hezbollah desde o início da guerra com o Hamas na Faixa de Gaza, matando o líder de três décadas da organização terrorista, Hassan Nasrallah.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou em um comunicado que esse ataque iraniano poderia ter matado centenas, se não milhares de “inocentes”.
Washington disse que as exportações de petróleo do Irã são possíveis graças a uma rede de facilitadores de remessas ilícitas em várias jurisdições que carregam e transportam o petróleo iraniano para venda a compradores na Ásia.
Entre as empresas sancionadas pelo Tesouro americano estão Luna Prime, com sede em Hong Kong; Elza Shipping, com sede na Libéria; Jazira Das International Oil Products Trading LLC, com sede nos Emirados Árabes Unidos; e Rita Shipping Inc, com sede nas Ilhas Marshall.
O Departamento de Estado colocou foco em outras empresas, como Strong Roots Provider, Glazing Future Management e Engen Management, todas sediadas no Suriname, e Celia Armas, em Hong Kong, assim como em algumas de suas embarcações.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e reiterou não apenas seu “compromisso inabalável” com a segurança de Israel, mas também a condenação “inequívoca” ao ataque do Irã.
Como resultado das sanções, as propriedades e os bens mantidos pelos sancionados no território dos EUA estão bloqueados, e os americanos estão proibidos de fazer transações com eles.
Fonte: gazetadopovo