“A Venezuela é obrigada a aceitar seus cidadãos repatriados dos EUA. Isso não é uma questão para debate ou negociação. Nem merece qualquer recompensa. A menos que o regime de Maduro [sic] aceite um fluxo constante de voos de deportação, sem mais desculpas ou atrasos, os EUA imporão novas sanções severas e cada vez mais severas”, escreveu o diplomata sênior na plataforma de mídia social X.
No fim de semana, o governo dos EUA enviou um total de 238 cidadãos venezuelanos para El Salvador após acusá-los de pertencer à facção criminosa Tren de Aragua. Antes disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, invocou a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, que permite a rápida expulsão de estrangeiros em tempos de guerra ou invasão.
A legislação foi bloqueada pelos tribunais dos EUA, mas o governo republicano avançou com a medida, que permite a expulsão de todos os venezuelanos maiores de 14 anos que supostamente pertençam ao grupo criminoso Tren de Aragua e não tenham passaporte norte-americano ou autorização de residência permanente no país.
Por sua vez, Caracas considerou que esta legislação “criminaliza” os migrantes venezuelanos nos Estados Unidos e garantiu que “fará todo o necessário” perante os organismos internacionais para garantir o retorno dos seus compatriotas transferidos para El Salvador.
No início de março, a Venezuela suspendeu os voos de cidadãos deportados dos EUA devido à revogação da licença que permitia à petrolífera Chevron operar no país caribenho.
Na semana passada, o enviado especial de Washington, Richard Grenell, anunciou que Caracas havia concordado em retomar os voos. O governo Maduro então confirmou que havia chegado a um acordo com os Estados Unidos para repatriar seus cidadãos e garantir seus direitos humanos.
Na segunda-feira (17), o governo venezuelano anunciou que um total de 290 venezuelanos retornarão ao seu país nesta quinta-feira (20), vindos do México, por meio do programa governamental Retorno à Pátria.
Fonte: sputniknewsbrasil