“Pessoas que fazem compras significativas de petróleo acima do preço máximo e, conscientemente, confiam em prestadores de serviços sujeitos à política de serviços marítimos, ou pessoas que, conscientemente, fornecem informações, documentação ou atestados falsos a tal prestador de serviços, terão potencialmente violado os serviços marítimos e podem ser alvo de aplicação de sanções”, disse o Tesouro.
Segundo o órgão, o preço máximo será definido por meio de um processo colaborativo de países que concordarem em participar da coalizão, encabeçada pelo G7.
Os EUA manterão a proibição anteriormente imposta às importações de petróleo russo, mesmo após a implementação do teto de preço, de acordo com orientações publicadas pelo Departamento do Tesouro.
“Essa proibição permanecerá em vigor juntamente com a implementação da política de serviços marítimos e de preços”, diz o Tesouro.
O teto de preços entrará em vigor em 5 de dezembro para o petróleo bruto e em 5 de fevereiro de 2023 para produtos refinados.
Moscou, por sua vez, promete deixar de exportar petróleo russo para Estados que aplicarem os limites de preços.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados intensificaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e às suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.
As medidas têm causado problemas no próprio Ocidente, com a disparada da inflação, provocada pela alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis.
O Kremlin classifica as sanções como uma “guerra econômica sem precedentes” e tomou medidas em resposta, proibindo que investidores estrangeiros retirem dinheiro do sistema financeiro russo e obrigando compradores europeus de gás a pagar em rublos.