Estudo revela se em Troia o vinho era bebida da elite ou também era acessível para pessoas comuns


A mesma tecnologia foi usada para analisar resíduos em canecas e copos comuns e evidências de vinho também foram encontradas lá. Esta é a primeira evidência química do consumo de vinho em Troia. A presença desta bebida alcoólica em vasilhas de todos os tipos encontradas fora da cidadela também significa que beber vinho não era uma atribuição exclusiva das elites do início da Idade do Bronze, como os pesquisadores acreditavam anteriormente com base na prevalência de vasos de vinho em contextos cerimoniais e aristocráticos, escreve portal Phys.org.
Pesquisadores da Universidade de Tubinga examinaram resíduos em um cálice denominado de depas amphikypellon – um vaso de argila esguio, com 12 a 40 centímetros de altura e duas alças, estreitando para uma base pontiaguda. Mais de 100 destes cálices foram encontrados até a data apenas em Troia, cobrindo o período de 2.500 a 2.000 a.C. Eles também haviam sido descobertos por toda a região do Egeu até a Ásia Menor e Mesopotâmia.

“A evidência dos ácidos succínico e pirúvico foi conclusiva: eles só se originam quando o suco de uva fermenta. Então agora podemos afirmar com confiança que o vinho era realmente bebido de cálices depas, e não apenas o suco de uva“, Maxime Rageot da Universidade de Bonn.

Desarrolhando o passado: uma nova análise dos achados de Troia reescreve a história do vinho na Idade do Bronze.
O vinho era a bebida mais cara na Idade do Bronze e a taça depas era o vaso mais precioso. Cálices depas foram encontrados em templos e complexos palacianos. Assim, os cientistas tinham deduzido que o consumo de vinho ocorria em ocasiões especiais nos círculos de elite. No entanto, a questão era se as pessoas das classes mais baixas em Troia também bebiam vinho como alimento do dia a dia, ou era um luxo?
“Também analisamos quimicamente copos comuns que foram encontrados no assentamento exterior de Troia e, portanto, fora da cidadela. Esses vasos também continham vinho”, disse Stephan Blum, coautor do estudo do Instituto de Pré-história, História Antiga e Arqueologia Medieval da Universidade de Tubinga. “Assim, fica claro que o vinho era uma bebida do dia a dia para as pessoas comuns também.”
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Fonte: sputniknewsbrasil

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