Estudo revela novas pistas sobre a origem da Lua e missão Artemis pode confirmar


Segundo um estudo publicado na revista Nature e liderado por Jeffrey Andrews-Hanna, da Universidade do Arizona, a área é uma “janela” para o interior do satélite.
A pesquisa analisa a bacia do Polo Sul–Aitken, a maior e mais antiga cratera de impacto da Lua, formada há cerca de 4,3 bilhões de anos. O novo modelo indica que o asteroide que criou a cratera veio do norte, e não do sul, como se acreditava.
O estudo também ajuda a explicar por que a face visível da Lua é tão diferente da oculta.
Há muito se pensa que a Lua primitiva foi derretida pela energia liberada durante sua formação, criando um oceano de magma cobrindo toda a Lua. À medida que o oceano de magma se cristalizava, os minerais pesados afundavam para formar o manto lunar, enquanto os minerais leves flutuavam para formar a crosta. No entanto, alguns elementos foram excluídos do manto sólido e da crosta e, em vez disso, se concentraram nos líquidos finais do oceano de magma.
Lua e Terra - Sputnik Brasil, 1920, 18.07.2025

“As missões Artemis vão pousar na área onde a maior parte do material ejetado, material das profundezas do interior da Lua, deve estar concentrada”, disse Andrews-Hanna.
Esse material inclui elementos como potássio, minerais de terras raras e fósforo — conhecidos como KREEP — que se concentraram no lado voltado para a Terra, aquecendo-o e gerando vulcanismo.

“Se você já deixou uma lata de refrigerante no freezer, deve ter notado que, à medida que a água se torna sólida, o xarope de milho com alto teor de frutose resiste ao congelamento até o final e, em vez disso, se concentra nos últimos restos do líquido. Achamos que algo semelhante aconteceu na Lua com o KREEP”, disse o cientista.

Os pesquisadores esperam que as amostras coletadas pela Artemis revelem mais sobre essa diferença entre as duas faces da Lua e sobre a história inicial do satélite.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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