O câmbio automático caiu no gosto do brasileiro de vez. Modelos sem o pedal da embreagem são cada vez mais comuns e muitos lançamentos recentes já nem chegam mais a ter opção manual. Outros, como Jeep Renegade e Nissan Kicks, chegaram a ter em suas linhas uma versão com trocas na mão, mas deixaram de oferecer após baixas nas vendas.
Hoje a transmissão manual e o pedal da embreagem estão presentes em 27 modelos, divididos basicamente em três grupos: populares, utilitários e esportivos. A maioria dos carros são hatches 1.0 aspirados, sedãs compactos e picapes, com algumas exceções.
Fato interessante é que carros manuais ainda correspondem a 33,4% de todos os emplacamentos no país, segundo levantamento da Jato do Brasil. Modelos automáticos compreendem 40,4% do mercado, enquanto carros com transmissões continuamente variáveis (CVT) detêm 24,4%. Em baixa no Brasil, carros automatizados correspondem a mísero 1,69%.
A marca oferece o hatch Onix com câmbio manual na versão básica, sem nome, e na LT, tanto aspirada quanto na turbo, assim como o sedã Onix Plus, A Chevrolet Montana tem duas versões manuais com seis marchas, a básica e a LT. Já a minivan Spin tem duas, a LS e a LT. Como o monovolume vai mudar no final de março, ainda é incerto que essa oferta permaneça.
A Citroën deixa o câmbio manual restrito às três versões do C3 equipado com motor 1.0. Todas as 1.6 já trazem a transmissão automática, assim como outros modelos. O SUV C3 Aircross, por exemplo, já foi lançado com a caixa automatizada desde sua versão básica.
Assim como a Chevrolet, a Fiat deixa o câmbio manual para seus modelos mais baratos. Mobi, por exemplo, tem apenas duas versões, ambas manuais. Já Argo e Cronos oferecem a troca de marcha na mão para as versões 1.0 e 1.3. O Pulse acaba sendo um dos únicos SUVs da lista em sua versão de entrada. Já a picape Strada deixa o câmbio manual para suas versões mais baratas, vendidas para empresas.
Depois que deixou de fabricar no Brasil para virar importadora, a Ford deixou de oferecer carros de entrada. O único manual, então, é a versão mais barata da Ranger, a XL, voltada para frotistas. Até o esportivo Mustang é automático.
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Mais uma marca a deixar o câmbio automático às versões mais baratas de HB20 e HB20S. A transmissão está acoplada às opções com motor 1.0 aspirado e em uma turbinado. O SUV Creta só é vendido com câmbio automático.
Aqui o câmbio manual faz sentido, pois se trata de uma versão esportiva do Civic, o Type R. Ele é acoplado a um motor 2.0 turbo de 297 cv e esse conjunto fez o Civic chegar aos 100 km/h em 6,9 segundos.
Picapes médias de trabalho, como a Ford Ranger XL, são vendidas com câmbio manual. No caso da Mitsubishi L200 Triton, essa opção existe na versão GL. O preço, no entanto, só sob consulta, pois a picape é vendida no sistema de venda direta.
Com o mesmo motor 1.0 três-cilindros de outros modelos do grupo Stellantis, como Fiat Argo e Citroën C3, o Peugeot 208 tem a opção do câmbio manual em duas versões de entrada. As demais, tanto as com o motor 1.6, quanto com o 1.0 turbo, são automáticas.
O câmbio manual está presente no Kwid a combustão e nos veteranos Stepway e Logan, que podem estar com seus dias contados devido ás baixas vendas. Além deles, o Duster aparece na lista com sua versão de entrada, e a Oroch, que tem o câmbio CVT somente na top de linha.
Rival do Honda Civic Type R, o Toyota GR Corolla casa o câmbio manual de seis marchas com um 1.6 turbo de três cilindros de 304 cv de potência. Juntos fazem o Corolla hatch chegar aos 100 km/h em 6,7 segundos. Vale citar ainda na Toyota três versões de trabalho da picape Hilux, sendo uma chass-cabina, uma cabine simples e outra dupla.
O Volkswagen Polo, um dos carros mais vendidos do Brasil, é vendido com câmbio manual somente em três versões, sendo duas com motor 1.0 aspirado e outra turbinado. O sedã Virtus segue com apenas uma opção, já turbinada. Resta à veterana Saveiro, que tem mais de 90% das suas vendas para empresas, oferecer toda a linha manual. A picape não tem uma versão sequer automática.
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Fonte: direitonews