Estado afasta advogado após m0rt3; salário de R$ 8 mil é suspenso


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Via @folhamaxoficial | O advogado Caio Lemes Lopes do Nascimento, filho do vereador de Várzea Grande, Jânio Calistro (UB), foi afastado do cargo de assessor especial II da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), onde tem um salário de R$ 8,1 mil. O jurista é o dono do veículo Creta que era conduzido pela empresária Camila Soligo Damian, de 26 anos, que atropelou e matou a motociclista Márcia Regina da Silva, de 53 anos, na noite do último domingo (24), em frente ao Várzea Grande Shopping.

A medida foi confirmada pela Metamat por meio de nota encaminhada ao FOLHAMAX. Caio foi afastado e ficará sem o salário até a apuração dos fatos. Embora a autarquia tenha informado que o cargo ocupado por ele é comissionado, não falou em exoneração, mas apenas em “afastamento sem recebimento de salário”. 

Segundo o depoimento de Camila prestado à Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), da Polícia Civil, ela estava dirigindo o veículo de Caio, que é seu cunhado. Ela estava dirigindo para uma conveniência de um posto na Avenida Presidente Arthur Bernardes, para comemorar a vitória do São Paulo sobre o Flamento, a pedido de Caio e sua irmã, que estavam alcoolizados.

De acordo com o delegado Vinicius Nazário, responsável pelo caso na Deletran, Caio confirmou a versão da cunhada e disse que trocou de lugar com ela após o acidente  apenas por medo da população no local, que se aglomerava para cobrar explicações sobre o acidente.

As versões dos dois envolvidos serão confrontadas por meio de imagens de câmeras. Caso as versões não sejam verdadeiras, Caio pode responder por omissão de socorro e fuga do local, enquanto Camila será responsabilizada por homicídio culposo e omissão de socorro.

SEM IMAGENS

Apesar do acidente ter sido registrado num ponto e intenso movimento e com várias câmeras de segurança, a Polícia Civil está tendo dificuldades em obter imagens do exato momento do acidente. Isso porque uma câmera situada na parte externa do Várzea Grande Shopping estava inoperante e outra que fica num hotel das proximidades também não registrou o atropelamento por ter vegetação da paisagem do hotel no cobrindo o ângulo voltado para a avenida no ponto onde houve o acidete. Vale registrar que na rotatória ao lado do ponto em que Márcia Regina foi atropelada existem duas câmeras de segurança pública ligadas ao Ciosp, mas nenhuma delas registrou o atropelamento, pois são giratórias e estavam posicionadas para outro ponto.

Com isso, o delegado que conduz as investigações está tentando obter acesso a uma câmera instalada no espaço do Aeroporto Marechal Rondon para averiguar se o equipamento registrou o momento do acidente de modo que seja possível confrontar as imagens com as versões apresentadas pela condutora e pelo dono do carro. 

A TRAGÉDIA 

A Polícia Civil constatou que a cena não foi preservada, pois a motocicleta da vítima foi retirada do local e o carro envolvido fugiu. Testemunhas afirmam que a vítima, que conduzia uma motocicleta Honda Biz, estava passando pela rotatória da Avenida Presidente Artur Bernardes quando foi atingida na traseira.

Após a colisão, a condutora do veículo parou alguns metros à frente, trocou de lugar com o passageiro, que assumiu a direção e fugiu do local. Durante o trabalho de perícia, os policiais conseguiram obter informações da placa do veículo envolvido no acidente e, em seguida, identificaram a mulher que estava conduzindo o carro. Ela se apresentou à polícia ainda na noite de domingo, acompanhada de um advogado. Ela foi submetida ao teste do bafômetro, que deu negativo. Em depoimento, ela relatou que assumiu o volante do Creta porque seu cunhado estava alcoolizado, afirmando que não estava habituada com um carro automático e acabou atingindo Márcia Regina em cheio ao confundir o acelerador com o freio.

Alexandra Lopes
Fonte: @folhamaxoficial

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