Esta Toyota Hilux poderia ser abastecida até com lixo ou cocô; entenda


A Toyota aproveitou a visibilidade gerada pela Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), para apresentar ao mercado os primeiros detalhes a respeito da Hilux movida a biometano. A picape é a primeira do Brasil abastecida pelo combustível — que é do tipo renovável — e tem a vantagem de gerar menos danos ao meio ambiente do que as versões alimentadas por gasolina , diesel e até mesmo GNV (Gás Natural Veicular).

O projeto foi desenvolvido por engenheiros do Brasil e da Argentina e faz parte do ambicioso programa de descarbonização promovido pela marca. O biometano usado como combustível é produzido a partir da digestão anaeróbica de matéria orgânica — como sobras agrícolas e urbanas, restos de alimento e até fezes de animais. Graças ao seu alto potencial, pode ser gerado em biodigestores em áreas rurais ou mesmo em grandes usinas de cana-de-açúcar.

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A Toyota faz, inclusive, questão de citar a cadeia da cana-de-açúcar. E não é por acaso. O Brasil é o maior produtor mundial de etanol e a marca tem feito fortes apostas no uso do combustível por aqui. Entre outras ações, foi pioneira no mundo a vender veículos híbridos flex. A ideia é usar a cadeia produtiva da planta de forma estratégica, aproveitando as sobras orgânicas oriundas da produção do próprio etanol para gerar o biometano.

A Hilux apresentada no evento já faz uso do biometano, mas não foram revelados detalhes a respeito da motorização. Apesar do mistério, tudo indica que a picape faz uso do motor 2.7, quatro-cilindros, que já foi oferecido no Brasil com alimentação tradicional flex. Ainda não há previsão de chegada da nova tecnologia ao mercado.

Além da versão movida a biometano, a Toyota trabalha em outras opções de motorização alternativa para a Hilux. No Reino Unido, por exemplo, a divisão local da marca desenvolve uma configuração movida a hidrogênio. Protótipos já rodam em testes e têm unidades de célula de combustível com autonomia de até 600 quilômetros. O motor elétrico instalado no eixo traseiro rende 182 cv e 30,6 kgfm de torque. Pelo escape, a picape média emite vapor d’água.

Outro projeto é o da Hilux elétrica (BEV). Protótipos também já foram apresentados e estão quase prontos para chegar ao mercado. A Toyota já confirmou que produzirá a picape elétrica na Tailândia e, recentemente, o jornal japonês Nikkei revelou que há planos para fabricação também na Argentina. Por enquanto, sabemos apenas que a autonomia é de 230 km. Demais detalhes serão revelados em breve.

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Fonte: direitonews

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