Esta médica decidiu empreender no interior da Bahia. Hoje, fatura R$ 29 mi tratando feridas e lesões


Aos 28 anos, a médica recém formada Bianca Oliveira trabalha na UTI de um hospital em Vitória da Conquista, cidade no interior da Bahia, quando percebeu a oportunidade de empreender na área da saúde. A dor de seu negócio era clara: desenvolver um tratamento especializado para ferimentos e lesões.

“É comum que pacientes acamados por muito tempo tenham dificuldade de cicatrização. Na época que eu trabalhava na UTI, muitos pacientes recebiam alta e voltavam para casa com feridas e lesões e sem um tratamento claro”, diz Oliveira.

Ela decidiu se especializar em medicina hiperbárica, que se trata de modalidade terapêutica na qual o paciente, por meio de uma câmara hiperbárica, respira oxigênio puro em uma pressão maior do que a pressão atmosférica, o que ajuda, entre outras coisas, no processo de cicatrização dos pacientes. Hoje, ela lidera uma rede de 25 franquias que já fatura 29 milhões de reais.

Como se tornou franquia

Em 2008, ela abriu sua primeira clínica chamada Cicatriclin e começou a oferecer tratamentos em diferentes especialidades médicas e curativos especiais para os pacientes. Em pouco tempo, os hospitais da cidade a convidaram para gerenciar a área de lesões e o número de pacientes só aumentou. Ela abriu três novas unidades na cidade e passou a oferecer serviços ambulatoriais, hospitalares e domiciliares para a população da região.

A rede conta com tratamentos diferenciados como uso de equipamentos como:

  • Terapia por pressão negativa
  • Matriz de regeneração dérmica
  • Bioimpressora 4D
  • Uso de câmara hiperbárica em parceria com hospitais

Há quatro anos, Oliveira decidiu dar mais um passo na sua trajetória empreendedora e decidiu entrar no mercado de franquias. O investimento inicial em uma franquia varia entre 50 mil a 150 mil reais, dependendo do modelo. “Eu queria levar a Cicatriclin para o Brasil todo, mas tinha muita preocupação com a qualidade dos serviços e treinamento dos profissionais”, conta. A expectativa é terminar esse ano com oito novas unidades a mais e faturar 41 milhões de reais.

Oliveira diz que o crescimento da rede viabiliza sua própria expansão. “Com mais unidades, o número de pacientes aumenta e é possível negociar melhor os fornecedores de curativos”, explica. Em 2020, a compra global de curativos era de 700 mil unidades ao ano. Dois anos depois, o número passou para 4 milhões.

O plano de expansão

A primeira franquia da Cicatriclin fora do Brasil foi inaugurada neste mês em Buenos Aires, na Argentina. Oliveira conheceu um médico argentino durante um congresso na Europa e ele se interessou por seu modelo de negócio.

“Nosso franqueado atua em um mercado bastante demandante e bem específico, o que confere e ele um potencial de negócio e rentabilidade bastante diferenciados. Temos a tecnologia mais avançada do setor dentro das nossas clínicas. Temos ainda parcerias com hospitais, núcleos de educação e capacitação de profissionais do mercado para tratamentos de extrema excelência”, diz a fundadora.

Outras unidades da Cicatriclin estão sendo negociada na Argentina e em Portugal. No Brasil, a expectativa é abrir 10 unidades no próximo ano e passar a oferecer a câmera hiperbárica dentro das franquias.

Fonte: exame

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