A submunição é uma esfera verde do tamanho de uma bola de tênis com saliências em um dos eixos. Segundo o especialista, a munição cluster M74 é utilizada no míssil ATACMS de longo alcance, que contém 275 unidades desse material. A liberação ocorre a cerca de 200 metros acima do solo, onde começa a girar devido às penas salientes.
Ao atingir aproximadamente 2.000 rotações, travas centrífugas se afastam, ativando o detonador que se posiciona em frente ao percussor. O impacto com a superfície aciona a explosão.
Caso a submunição caia sem explodir, ela permanece armada e não pode ser movida. A população deve ser extremamente cautelosa ao encontrar esses “globos”.
O revestimento da submunição é composto por uma camada estampada com um núcleo de liga de tungstênio com entalhes. As capas externa e interna são unidas por soldagem pontual, contendo o explosivo e o detonador dentro. O especialista comparou a estrutura interna das submunições com a das granadas RGO da era soviética, que utilizam aço em vez de tungstênio.
O uso de tungstênio aumenta a velocidade dos fragmentos, que podem atingir um raio de aproximadamente 20 metros, com alguns fragmentos capazes de perfurar portas metálicas a até 50 metros de distância. A área coberta pela queda de 250 submunições é de 400 por 400 metros, com materiais caindo a cerca de cinco metros um do outro.
Os EUA começaram a fornecer mísseis ATACMS à Ucrânia em 2023, quando o presidente russo Vladimir Putin classificou a decisão como um erro e disse que essas armas criam uma ameaça adicional, mas não mudam a situação na linha de frente.
Em 23 de junho, a Ucrânia usou os ATACMS em um ataque na Crimeia, resultando em quatro mortes, incluindo de duas crianças, e 153 feridos.
O Ministério da Defesa russo responsabiliza os EUA e o regime de Kiev pelo ataque deliberado contra civis em Sevastopol.
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Fonte: sputniknewsbrasil