Yuan se fortalece como moeda global, pressionando dólar
“Isso vai aliviar bastante a situação do Banco Central argentino, mas não muda a fragilidade de fundo“, disse à Sputnik Francisco Cantamutto, economista e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet).
“Esse é um gesto de endurecimento em relação aos Estados Unidos […] A Argentina vinha trabalhando em um alinhamento com Washington, mas agora que é necessário renegociar o acordo com o FMI, isso pressiona a diretoria a mostrar que Buenos Aires não está no bolso de ninguém“, diz.
“O Brasil é o caso mais surpreendente porque, historicamente, estava alinhado com os Estados Unidos. Hoje, diferentes países estão desafiando essa preeminência, nem todos estão seguindo Washington ao pé da letra.”
Dólar se retira da triangulação internacional
“O anúncio traz um alívio muito importante porque significa não depender do dólar para o comércio, mas a escassez de reservas permanece e é muito preocupante”, disse Ismael Bermúdez, jornalista especializado em economia, à Sputnik.
“A única forma para os Estados Unidos de neutralizar a China é se tornar um ajudante importante de nosso país, e sabemos que o que o FMI faz está nas mãos da Casa Branca“, acredita Bermúdez.
“Crescentemente vemos como o dólar se retira da triangulação internacional, o mesmo está vendo Lula. A China passou a ser o principal investidor na América Latina e no Caribe, uma zona que antes os Estados Unidos consideravam sua área privilegiada de influência“, conclui Bermúdez.
Fonte: sputniknewsbrasil