Especial híbridos: Ford Maverick Hybrid trabalha duro fazendo 13,7 km/l


O recesso de final de ano é ideal para descansar. Mas se tem uma coisa que essa Ford Maverick Hybrid não fez nos últimos dias de 2024 foi descansar. A picape só trabalhou. A primeira missão, no dia 23 de dezembro, foi encher a caçamba com uma mesa redonda de madeira, um aparador e cinco cadeiras para ajudar na ceia de Natal da família.

A Maverick Hybrid troca o motor 2.0 turbo de 253 cv e a tração 4×4 pelo 2.5 aspirado de 164 cv e por um elétrico de 128 cv, que juntos produzem 194 cv de potência e 21,4 kgfm de torque combinados, enviados apenas para as rodas dianteiras por meio de um câmbio e-CVT. É o mesmo conjunto do antigo Fusion Hybrid e a tração aqui é 4×2. A caçamba tem 938 litros e leva até 659 kg.

Um ponto negativo é o fato de a capota marítima não ser item de série, apenas acessório. Na missão de Natal, nos 10 km de deslocamento, a garoa fina deixou sua marca na carga que ia na caçamba.

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Quando a Maverick é ligada, só o motor elétrico entra em ação e o silêncio permanece na cabine. Na primeira manobra que fiz com a caçamba cheia, veio o pensamento: “Cadê os sensores de ré?”. Estes são oferecidos apenas como opcionais. A câmera de ré já auxilia, mas um alerta sonoro para uma picape com pouca visibilidade traseira ajudaria muito.

Tirando a falta de equipamentos essenciais para uma caminhonete desse preço, dirigir a Maverick é muito prazeroso. O banco é confortável e a posição de guiar mescla a sensação de estar dentro de um SUV, pela altura do solo (21,8 cm), com a de estar em uma picape, devido à posição elevada do capô.

As arrancadas elétricas e silenciosas, até pouco mais de 20 km/h, são suaves e o fôlego é ótimo para a cidade, por mais que pareça que os 21,4 kgfm de torque sejam pouco. Na teoria, faz sentido ficar ressabiado, mas na prática o motorista não se decepciona.

Dá para encarar um irritante trânsito gastando muito pouco combustível naquele anda-e-para da cidade. E o mais legal: você roda, roda e o marcador de combustível praticamente não se mexe. Para você ter melhor noção, o painel de instrumentos coloca o quanto se percorre apenas com o motor elétrico. Por exemplo, naquele percurso de 10 km que mencionei, na missão do Natal, 4 km foram feitos só na eletricidade. E estamos falando de um híbrido paralelo, sem recarga externa. O painel de instrumentos de 6,5″ mostra o grau de regeneração das baterias de 1,1 kWh.

Quem tem uma picape já sabe que várias funções serão delegadas para si, por motivos óbvios. Foi o que aconteceu comigo. Antes de passar os últimos dias de 2024 na Serra da Cantareira, Zona Norte de São Paulo (SP), enchi a caçamba da Maverick até o limite na missão do réveillon, com cooler de isopor, latas de tinta, bagagens e muito mais.

Novamente, a única coisa ruim foi a falta da capota marítima quando chovia. Mesmo totalmente carregada, a Maverick Hybrid subiu a íngreme Serra da Cantareira sem passar sufoco. Aliás, ao todo, subi e desci seis vezes. Entre ida e volta, são pelo menos 30 km.

Não me arrisquei muito em trajetos off-road. Nas estradas de terra com pequenas poças por que passei, a Maverick não brilhou, mas também não fez feio. Certamente a versão Lariat FX4 com tração 4×4 teria uma performance melhor. Outra ponto negativo é que, em determinadas situações, os pneus 225/60 R18 patinam muito. Por exemplo, naqueles pisos de cimentos lisos e pintados, como nos estacionamentos de shoppings e mercados, e até mesmo nos asfaltos mais novos, os pneus “cantam” sem necessidade nas acelerações

Entre 23 de dezembro de 2024 e 9 de janeiro de 2025, percorri 310 km, quase tudo na cidade. Desse total, 174 km foram feitos apenas com o motor elétrico, portanto sem gastar uma gota de gasolina. Não precisei abastecer a picape em nenhum momento e, quando o teste terminou, ainda tinha mais de meio tanque — que tem 57 litros de capacidade. Fazendo uma “conta da vida real”, a média de consumo foi de 13,7 km/l. A autonomia urbana fica em 780,9 km, número que impõe respeito às picapes a diesel.

A Maverick tem limitações de equipamentos, mas reúne alguns pilares de que gosto muito: visual agressivo, conforto, versatilidade da caçamba e economia de combustível sem precisar de recarga. Se você também valoriza essas características, a Maverick Hybrid é, sem dúvida, uma ótima opção por R$ 239.500.

Pontos positivos: Bom desempenho e boa economia de combustível para seu porte
Pontos negativos: Equipamentos que deveriam vir de série são opcionais ou acessórios

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Fonte: direitonews

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