O crítico literário e romancista mineiro Silviano Santiago ganhou o Prêmio Camões, o mais prestigiado reconhecimento da literatura em língua portuguesa. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (24/10) após a reunião do júri do prêmio.
“Silviano Santiago, além de escritor com uma obra literária com vários prêmios nacionais e internacionais (Jabuti, Oceanos, etc.), é um pensador capaz de uma intervenção cívica e cultural de grande relevância, com um contributo notável para a projeção da língua portuguesa como língua do pensamento crítico, no Brasil e fora dele [nos países ibero-americanos, africanos, nos Estados Unidos e na Europa]”, diz o comunicado do júri.
O Prêmio Camões foi instituído por Portugal e Brasil, em 1989, e adota um sistema de rodízio em que brasileiros, portugueses e autores de países africanos de língua portuguesa se revezam entre os vencedores a cada ano.
O ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva destacou o perfil de intelectual interventivo do autor. “Com uma visão ampla e abrangente sobre o que é a Cultura, materializada em reflexões sobre múltiplos domínios, desde Machado de Assis aos estudos culturais, Caetano Veloso e o tropicalismo”, afirmou.
Silviano Santiago 2Silviano é escritor, crítico literário e professor
Silvino Santiago 1Com o Prêmio Camões, ele se torna um dos autores brasileiros mais premiados
literatura Silviano SantiagoSilviano Santiago – “Machado” (Cia. das Letras)
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Membro eleito da Academia Mineira de Letras, Silviano Santiago nasceu em Formiga (MG), em 1936, e vive atualmente no Rio de Janeiro.
Sua vasta obra inclui romances, contos, ensaios literários e culturais. Doutor em letras pela Sorbonne, ele começou a carreira lecionando nas melhores universidades norte-americanas. Transferiu-se posteriormente para a PUC-Rio e, hoje, é professor emérito da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Com o prêmio, Silviano se torna um dos autores de língua portuguesa mais premiados de todos os tempos. Por seis vezes ele foi vencedor do prêmio Jabuti. Pelo conjunto de sua obra, recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e o José Donoso, do Chile. Foi condecorado com o título de Officier dans l’Ordre des Arts et des Lettres e o de Chevalier dans l’Ordre des Palmes Académiques.
