Enviado russo acusa EUA por aumento da atividade curda na Síria: ‘Maestro experiente por trás’

“Acreditamos que deve haver uma razão para o fato de recentemente a situação ter piorado não apenas no nordeste da Síria, mas também no Curdistão iraquiano”, disse Lavrentyev.

Segundo ele, o caso sírio é considerado pelo Ocidente como uma frente adicional na luta contra a Rússia, em meio à operação militar especial de Moscou na Ucrânia e nas fronteiras russas.

Ele aponta que “pode-se dizer sem ambiguidade” que os Estados Unidos “provavelmente estão por trás” das atividades curdas. O enviado russo lembra que Washington também apoia curdos iranianos, “incitando-os a protestar”. “Os americanos, é claro, fornecem armas e alimentos ao nordeste da Síria. Os curdos, é claro, são muito dependentes deles”, declarou.

Nesta quarta-feira (23), o gabinete do primeiro-ministro iraquiano anunciou que o país decidiu redistribuir guardas de fronteira para tentar impedir ataques por parte do Irã e da Turquia em seu território.

No último domingo (20), Ancara conduziu uma operação aérea contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte da Síria. Foi relatado ataque à cidade de Kobane, bem como em localidade no norte do Iraque. No caso do Irã, seus alvos foram partidos e grupos em oposição a Teerã.

Mais cedo nesta quarta-feira (24), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que as operações das Forças Armadas turcas no norte da Síria e no Iraque são “apenas o começo“, e que Ancara está determinada a proteger suas fronteiras.

“Nossas operações em andamento são apenas o começo de medidas para proteger nossas fronteiras”, declarou o líder turco.