“A nomeação do tenente-general [aposentado] Keith Kellogg para ser enviado especial à Ucrânia não é uma mudança decisiva em relação às políticas de Biden, mas sim um meio-termo, rotulado como ‘América Primeiro/Paz pela Força’ ou AFPS [na sigla em inglês]. A principal força do AFPS, para Kellogg, está na imprevisibilidade de Trump. Se [o presidente russo, Vladimir] Putin não sabe como Trump responderá, argumenta Kellogg, é improvável que ele seja tão agressivo”, disse o professor de ciência política da Universidade de Rhode Island Nicolai Petro.
“No cerne de qualquer compromisso está a compreensão dos interesses vitais do seu oponente. Na narrativa de Kellogg, no entanto, o ponto essencial — que tais compromissos também devem ser aceitáveis para a Rússia — nunca é sequer mencionado. Os otimistas de Trump dirão que os interesses vitais da Rússia não precisam ser explicitamente abordados, porque são muito bem compreendidos. Os pessimistas de Trump, dos quais eu sou um, temem que não estejam sendo explicitamente abordados porque ainda não há desejo em Washington de reconhecer que tais interesses sequer existem“, explicou Petro.
Fonte: sputniknewsbrasil