Assim que chegou aos cinemas nos Estados Unidos, “Nefarious” (veja o trailer) começou a fazer barulho. O filme de horror, dirigido pela dupla Chuck Konzelman e Cary Solomon, conhecidos por “Deus Não Está Morto”, já deixou uma marca significativa e enfureceu a esquerda. Apesar de não ter um orçamento elástico como grandes produções de Hollywood, Nefarious dribla todas as limitações financeiras com um roteiro hipnótico, diálogos complexos e atuações marcantes. O longa recebeu 96% de aprovação do público contra apenas 35% da crítica. Números que indicam o sucesso da produção e a fúria militante dos críticos de cinema.
A trama narra as últimas horas de um homem condenado à morte por homicídios em série no estado de Oklahoma, Edward Wayne, interpretado por Sean Patrick Flanery, que afirma ser o próprio demônio. Antes de ser mandado para a cadeira elétrica, o preso deve ser avaliado por um psiquiatra ateu, o Dr. James Martin, interpretado por Jordan Belfi, que chega para substituir o Dr. Alan Fischer, que cometeu suicídio após entrevistar o condenado. Ao longo da conversa, James começa a duvidar de suas próprias convicções. Caso o psiquiatra decida que o assassino tem problemas mentais, ele se livra da sentença de morte.
Com uma execução iminente e a resistência do médico em acreditar na versão do criminoso, o roteiro mergulha fundo na discussão sobre a decadência moral do Ocidente e desafia o espectador a questionar o que é real e o que é ilusão. “Nefarious” não apenas examina a batalha entre o bem e o mal, mas também lança luz sobre o avanço do globalismo e da agenda “woke” que tem sido centro de debates acalorados nos últimos anos. Ao apresentar a visão de que as bandeiras defendidas pela esquerda podem ser induzidas pelo próprio diabo para minar valores e afastar a humanidade de Deus, o filme mergulha em um terreno inexplorado em Hollywood de reflexões morais, teológicas e espirituais. Isso, claro, incomodou demasiadamente a militância vermelha.
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“Eu espero sinceramente que ele [o filme] impacte as pessoas. Talvez mude alguns corações e mentes para melhor”,
— Sean Patrick Flanery
A performance de Sean Patrick Flanery, que está lhe rendendo uma cascata de elogios nas redes sociais — inclusive com clamores pelo Oscar — é hipnotizante e mantém nossos olhos fixos na tela ao longo de todos os 98 minutos de filme. Em um momento, Sean dá vida ao Edward deprimido e desesperado, a marionete do diabo; em outro, ele retrata de forma magistral o porta-voz de uma legião de anjos caídos sedentos por violência, tragédia, maldade e vingança. O diabo, segundo o próprio Nefarious, quer atingir a Deus destruindo Sua criação mais amada: nós.
“A sociedade moderna está indo para o ralo”, afirma Sean.
“Nefarious” nos brinda com diálogos profundos e reflexivos. A cena em que o demônio que habita Edward enfatiza para o psiquiatra James que o “aborto” de seu filho foi um dos três assassinatos “cometidos” por ele é arrepiante. É possível compreender a fúria da esquerda; a verdade crua e direta costuma incomodar.
Sem medo do cancelamento, o roteiro abraça temas espinhosos. Questões como eutanásia, aborto, a manipulação do discurso de ódio para silenciar vozes conservadoras, a “modernidade” na igreja católica e a imposição da ideologia de gênero, chamada aqui de “diversidade”, são jogadas na mesa de uma só vez e desmontam por completo os argumentos vazios e decorados do psiquiatra progressista. Segundo a perspectiva do demônio no filme, esses temas são plantados sorrateiramente nas mentes humanas para minar os valores morais e afastar a humanidade de seu Criador, referido pelo demônio como o “Carpinteiro”, evitando mencionar o nome de Deus e de Jesus Cristo.
“Depois de assistir Nefarious, posso dizer – sem hesitar – que é o melhor filme que retrata possessão demoníaca já produzido”.
— Padre exorcista Carlos Martins
Já que estamos falando de possessão demoníaca e teologia, quem melhor do que um padre exorcista para analisar a obra? Após assistir Nefarious, o Padre canadense Carlos Martins afirmou que este foi o “melhor filme já produzido sobre possessão demoníaca”.
“Em vez de ficar afundado – como qualquer outro filme — em fenômenos diabólicos e poder (levitação, força extraordinária e outros sinais do “mais do mesmo”), este traz o espectador para a mente demoníaca.”
O filme, inclusive, faz uma crítica pesada à Igreja “moderna” ao mostrar um padre com inclinações “progressistas” que não acredita em possessão demoníaca. Quando James chama o Pe Louis para intervir e conversar com Edward, o demônio se assusta, mas logo percebe que o padre não é uma ameaça. Quando questionado pelo demônio se ele considera a possibilidade de possessão, o religioso responde: “Nosso entendimento evoluiu além disso”, atribuindo o comportamento dos supostos possuídos a distúrbios da mente e questões psicológicas.
Alguma semelhança com a Teologia da Libertação?
O ator norte-americano Sean Patrick Flanery, de 57 anos, natural da Louisiana, EUA, concedeu entrevista exclusiva a esta repórter que vos fala, nos mostrou uma visão interna de como o filme foi gravado e expôs suas convicções pessoais. Patrick concorda com as visões de seu personagem?
O ator norte-americano Sean Patrick Flanery, estrela de Nefarious, tem um recado para vocês! pic.twitter.com/o83M8SqpfJ
— Fernanda Salles (@reportersalles) August 16, 2023
Fernanda Salles: Você tem uma carreira longa e bem-sucedida em Hollywood. Como você se tornou ator?
Sean: Segui uma garota bonita… a garota mais bonita que já tinha visto na época saindo de um prédio e fui parar no departamento de teatro da Universidade de St. Thomas. Eu fiz o que qualquer texano de sangue quente faria. Fui ao departamento administrativo e larguei uma aula de inglês para poder me inscrever no que eles ensinavam naquele prédio. E foi isso que me levou ao teatro. Quando me formei, tinha escrito um pedaço de teatro infantil. Eu queria ir para Los Angeles e produzir essa peça. Fiz peças durante toda a faculdade depois de entrar no departamento de teatro e me apaixonar pela atuação. Mas eu realmente me mudei para Los Angeles para ser um escritor.
Fernanda Salles: Você atuou em vários filmes de terror, incluindo a aclamada franquia “Jogos Mortais”, e até mesmo em uma das cenas mais aterrorizantes do capítulo final. Como você se sente ao atuar em produções desse gênero?
Sean: Eu realmente gosto de interpretar personagens e roteiros bem escritos, independentemente do gênero.
Fernanda Salles: Como o papel do demônio em “Nefarious” foi escolhido para você?
Sean: Os roteiristas/diretores me ligaram e me pediram para fazê-lo.
Patrick elogia o seu companheiro de cena, o ator Jordan Belfi, que interpreta o psiquiatra James.
Sean: Eu não gostaria de fazer aquele filme com ninguém além de Jordan (Belfi, série Entourage ) do outro lado da mesa. Eu pensei que ele esmagou aquele desempenho. Se você vai ficar preso em uma sala com alguém, esse é o cara com quem você quer ficar. Aquele cara é talentoso!
Quando pergunto para Sean qual a cena mais desafiadora de Nefarious, o ator brinca e afirma que nada foi tão desafiador quanto trocar o óleo da fritadeira do Church’s Fried Chicken, restaurante em que ele trabalhou como garçom antes de se aventurar no cinema.
Fernanda Salles: Em “Nefarious”, qual foi a cena mais desafiadora de filmar?
Sean: Nenhuma delas foi tão desafiadora quanto trocar o óleo da fritadeira no Church’s Fried Chicken.
Fernanda Salles: Sua atuação, interpretando tanto Edward quanto o demônio como duas personalidades habitando o mesmo corpo, recebeu muitos elogios nas redes sociais. Os fãs estão pedindo um Oscar. A maneira como você retrata a mudança de personalidade é realmente incrível. Como você lidou com esse papel?
Sean: Há um pouco de autodescoberta em cada papel. Alguns mais do que outros. E… isso é especialmente verdadeiro neste papel. Sinto-me verdadeiramente honrado por ter tido essa oportunidade. Quando li o roteiro, pensei: “Ok, quais seriam os trejeitos dessa pessoa?” Eu simplesmente fiz escolhas e fiz. Não me torturei, apenas li o roteiro e acreditei em cada palavra e comecei a pensar na maneira como ele falaria. Que expressões ele faria? Qual seria o ritmo do seu discurso? Eu apenas fiz escolhas assim.
Eu espero sinceramente que ele [o filme] impacte as pessoas. Talvez mude alguns corações e mentes para melhor.
Fernanda Salles: “Nefarious” aborda como a cultura woke/globalista está destruindo o mundo ocidental mostrando como o diabo desempenha um papel nesse processo destrutivo. Inclusive mostrando o aborto com um crime cruel. Qual é a sua posição sobre essas questões?
Sean: Acredito que a sociedade moderna está realmente indo para o ralo.
Fernanda Salles: Atores como Neal McDonough e Jim Caviezel enfrentaram rejeição em Hollywood por estarem envolvidos em projetos cristãos. O que você pensa sobre isso?
Sean: Isso é triste… porque eles são dois dos melhores do ramo.
Sobre sua fé, Flanery explica: “Cheguei a um ponto da minha vida em que minhas convicções provavelmente estão mais enraizadas. Conheço muitos amigos que dizem: “Bem, eu não acredito, porque não consigo explicar. Para mim, é exatamente por isso que acredito, porque não sei explicar.”
Fernanda Salles: Tem sido difícil acessar “Nefarious” no Brasil, mas o filme está sendo amplamente compartilhado nas redes sociais. Por que ele ainda não foi lançado em plataformas de streaming? Você acha que pode haver um boicote ou resistência da indústria?
Sean: Ele já foi lançado em plataformas de streaming. No entanto, várias pessoas estão relatando dificuldades em encontrá-lo.
O ator ainda me conta que é cristão e que mantem um ótimo relacionamento com a dupla de diretores e roteiristas do filme, ambos católicos. Sean diz que os considera “os melhores do ramo”.
Fonte: gazetabrasil