Via @cnnbrasil | A escolha de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi a primeira de muitas decisões que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá de tomar nos próximos meses relativas à composição do Judiciário.
- Lula indicará ainda neste semestre três novos nomes para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
- Em outubro, também já poderá indicar mais um ministro para o STF, com a aposentadoria da atual presidente da Corte, Rosa Weber. Ele vem sendo pressionado a escolher uma mulher negra para o posto.
Novo procurador-geral
Além disso, termina em setembro o mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-geral da República. As chances de recondução são poucas.
Lula afirmou que vai escolher o novo PGR “no tempo certo e na hora certa” porque não quer escolher alguém que faça o que chamou de “denúncias falsas”.
O presidente declarou que perdeu a confiança no Ministério Público após a atuação do órgão na Operação Lava Jato.
Há dúvidas se Lula vai seguir a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República – algo que a Constituição não o obriga – ou se vai escolher um nome mais alinhado a seu governo.
Zanin no Supremo Tribunal Federal
Primeiro escolhido de Lula neste mandato para o STF, Zanin tomou posse já tendo de lidar com o julgamento de temas sensíveis.
Alguns, inclusive, opõem o Judiciário e o Congresso Nacional, tais como a descriminalização do aborto e a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.
Na quarta-feira (2), os ministros do STF também retomaram o debate sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio.
O julgamento ainda não foi concluído, e Zanin poderá participar da discussão já nas próximas semanas.
O advogado foi o responsável pela defesa de Lula nas ações referentes à Operação Lava Jato. Justamente por isso, Zanin integrará a Primeira Turma do Supremo, um colegiado que não trata de processos referentes ao caso.
O ex-advogado do presidente poderia se ver obrigado a se declarar impedido ou suspeito de votar em ações relativas à Operação.
*Publicado por Pedro Jordão, da CNN
Pedro Teixeira
Fonte: @cnnbrasil