A Associação Ucraniana de Futebol (UAF) disse que boicotará qualquer competição europeia juvenil que inclua a Rússia e apelou a outros países a fazerem o mesmo, em uma posição que o Reino Unido reiterou, segundo o canal France 24.
“A UAF confirma que não participará em quaisquer competições que envolvam equipes russas. Pedimos veementemente à UEFA que reveja esta decisão e deixe em vigor a decisão anterior sobre a exclusão total de quaisquer equipas da Federação da Rússia da participação em competições internacionais”, afirmou a UAF em resposta ao anúncio feito ontem (26) pelo do órgão executivo da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA).
O presidente da Associação Polonesa de Futebol (PZPN) também seguiu a mesma linha dos ucranianos através de seu presidente, Cezary Kulesza.
“Fiquei surpreendido com a declaração de ontem [26] do Comitê Executivo da UEFA. Se as seleções nacionais russas forem autorizadas a participar na competição, as nossas seleções nacionais não competirão com elas. Esta é a única decisão certa”, disse Kulesza citado pela mídia.
Na terça-feira (26), a UEFA anunciou duas medidas para reintegrar parcialmente a Rússia ao futebol europeu, segundo a AP News.
A UEFA decidiu tentar reintroduzir equipes russas sub-17 em suas competições nesta temporada, ao mesmo tempo que permitiu árbitros russos de apitarem um jogo da Liga Feminina das Nações, na Armênia, pela primeira vez desde o início da operação russa na Ucrânia.
“É particularmente lamentável que, devido ao conflito duradouro, uma geração de menores seja privada do seu direito de competir no futebol internacional”, disse a UEFA.
Entretanto, a rejeição ucraniana, polonesa e britânica à ação também foi endossada pela Letônia. Riga disse que as seleções letãs de futebol, de todos os níveis, não jogarão contra seleções russas “independentemente do local de tais jogos ou da forma de representação dos atletas russos”.
O Ocidente começou uma verdadeira campanha de russofobia desde o começo da operação militar especial russa na Ucrânia, e desde de então, condenou Moscou em diversas frentes, não só econômica através das sanções, mas também culturais e diplomáticas, sem dar espaço para que a Rússia tenha voz e possa se manifestar sobre seu posicionamento.
Fonte: sputniknewsbrasil