Engenheiros chineses superaram os obstáculos que impediram o Hyperloop de Elon Musk, um sistema de transporte por tubo de vácuo que prometia viagens a 1.000 km/h. Apesar dos triunfos do empresário em outras áreas, o Hyperloop fracassou devido a desafios técnicos intransponíveis, como pressão, vazamentos e resistência magnética.
Em 2024, a China revelou uma linha de teste de hyperloop maglev de 2 km no Condado de Yanggao, Shanxi. Xu Shengqiao, do China Railway Engineering Consulting Group, detalhou à mídia asiática como os engenheiros chineses enfrentaram os desafios com uma fusão de tubos de aço e concreto de baixo vácuo, amortecedores magnéticos acionados por inteligência artificial (IA) e construção de precisão.
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— Jean-Baptiste Lefevre (@jblefevre60) August 12, 2024
Uma inovação crucial foi a substituição dos caros tubos de metal por vigas compostas de aço e concreto selado a vácuo. Internamente, vergalhões revestidos com epóxi e reforço de fibra de vidro neutralizaram o arrasto magnético, reduzindo a perda de energia em mais de um terço. Externamente, juntas de expansão de aço corrugado e grades de tensão guiadas a laser garantiram a integridade estrutural.
Segundo o South China Morning Post (SCMP), os testes mostraram que os tubos mantiveram a integridade quase a vácuo, mesmo em condições extremas de temperatura. A equipe de Xu também reprojetou o núcleo magnético, otimizando o fluxo e substituindo barras de reforço tradicionais por grades de aço de baixo carbono. Módulos de trilhos calibrados a laser eliminaram os riscos de oscilação.
Para o concreto, a equipe desenvolveu uma mistura especial que suporta décadas de pressão quase a vácuo sem rachaduras. Em julho de 2024, um veículo acelerou a alta velocidade em um tubo de baixo vácuo, pairando perfeitamente e navegando com desvio quase zero. Sensores de fibra óptica e câmaras de descompressão de emergência garantiram a segurança.
A abordagem modular da China, com seções de tubos pré-fabricados e bombas de vácuo distribuídas, reduziu os custos em 60%. O projeto é escalável, com expansão planejada para os próximos anos, mas a comercialização do sistema exige investimentos massivos e testes adicionais para protocolos de emergência.
A corrida tecnológica, que tem ganhado cada vez mais protagonismo de agentes privados como Elon Musk, parece ter ganhado um novo capítulo com o fracasso de seu projeto e o sucesso dos engenheiros da China, que podem acabar revolucionando as viagens de alta velocidade.
Fonte: sputniknewsbrasil