Enfermeira do HUJM conquista 1º lugar em Congresso


A enfermeira Eloisa Helena Kubiszeski, do Hospital Universitário Júlio Muller, da Universidade Federal de Mato Grosso (HUJM-UFMT), conquistou o prêmio de 1º lugar na categoria Obstetrícia no 55º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal. O trabalho “As principais complicações maternas em gestantes de risco habitual com COVID-19, Mato Grosso, 2020-2022: um estudo de coorte” foi desenvolvido pela enfermeira Eloisa juntamente com os profissionais da saúde Maria Aparecida Mazzutti Verlangieri Carmo, Anselmo Verlangieri Carmo, Ana Amélia do Nascimento Cunha da Rosa, Andressa Modanezi Bana de Carvalho e Nayara Santos Souza.

“Em meio ao caos do que a Covid-19 poderia repercutir nas gestantes e seus conceptos, nós enfermeiras obstétricas e as médicas obstetras do HUJM iniciamos um ambulatório de pré-natal pós-Covid-19, para assim poder atender essa demanda social que estava sem acompanhamento especializado, e também gerar conhecimento para a elaboração de protocolos assistenciais baseados em evidências científicas. Nosso estudo ser premiado nos enche de alegria! E que seja inspiração para novas pesquisas, pois o hospital universitário tem o compromisso do cuidado, mas também de geração de conhecimento!”, afirma Eloisa.

O estudo teve como objetivo analisar possíveis fatores associados a desfechos adversos em gestantes de risco habitual acometidas pela Covid-19 no estado de Mato Grosso. “Investigando os possíveis eventos adversos, pode-se, enfim, fornecer informações para a elaboração de protocolos assistências a gestantes e puérperas, após infecção pela Covid-19, auxiliando na escolha das melhores condutas, tanto para o cuidado ambulatorial como para as hospitalizadas”, explica a enfermeira Eloisa.

Foram analisadas 132 gestantes. As principais complicações maternas identificadas foram: rotura prematura de membrana (19,7%), trabalho de parto prematuro (10,6%), hemorragia pós-parto (8,3%), pré-eclâmpsia (6,8%), diabetes melitos gestacional (3%), síndrome de HELLP (1,5%) e trombose (0,8%), que incidiram principalmente no segundo e terceiro trimestre da gestação.

As complicações mais incidentes foram a rotura prematura de membrana (1,2/100 gestantes-semana) e o trabalho de parto prematuro (0,6 /100 gestantes-semana), para o conjunto de complicações da gestação.

“Concluímos que gestantes com Covid-19 têm maior risco de complicações importantes se a infecção ocorre no segundo e/ou terceiro trimestres da gestação. Tal informação pode ser útil para orientar os profissionais de saúde da atenção pré-natal, parto e pós-parto para implementarem medidas clínicas assertivas para mitigar a incidência de tais complicações”, finaliza a enfermeira Eloisa Helena Kubiszeski.

Fonte: ufmt

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