“A visita acontece em um momento delicado, depois do encontro do presidente argentino, Javier Milei, com o empresário Elon Musk na semana passada. Nesse encontro, Milei ofereceu ajuda a Musk no caso envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, o STF [Supremo Tribunal Federal] e as investigações sobre a atuação das chamadas milícias digitais no Brasil. Esse comportamento do Milei, notadamente pró-Estados Unidos e distante da América do Sul, tem contribuído para um esfriamento das relações entre Brasília e Buenos Aires. Nesse caso, a ministra atua para minimizar arestas e evitar maiores conflitos entre as partes”, pontua à Sputnik Brasil.
“A possibilidade de ruptura das relações diplomáticas é remota, dada a complementariedade econômica e comercial entre os países, mas não há dúvida de que as diferenças ideológicas contribuem para que a relação bilateral se mantenha em caráter inercial, ou seja, através da simples manutenção de agendas protocolares. A título de exemplo, o Ministério de Relações Exteriores da Argentina declarou em nota que a relação bilateral é uma ‘verdadeira política de Estado para ambos os países’, o que denota a importância do Brasil para Buenos Aires para além das declarações de Milei”, explica.
‘Tentar manter o que explodiu por baixo’
Como é a relação econômica entre Brasil e Argentina?
“A Argentina é um país parceiro, sócio e amigo do Brasil, com quem temos uma relação estreita há longo tempo e com oportunidades de cooperação em todas as áreas. A relação bilateral Brasil-Argentina é estratégica e deve ser aprofundada […]. Precisamos ampliar o comércio e firmar acordos no âmbito do Mercosul para promover as exportações, aumentando os empregos na nossa região e gerando mais renda”, enfatizou Alckmin.
Fonte: sputniknewsbrasil